A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, por meio do Departamento Regional de Rio do Sul, promoveu, no dia 5 de fevereiro, uma palestra técnica sobre “Desafios do controle e erradicação da brucelose e tuberculose na bovinocultura catarinense – e Portaria SAR 44/2020”, para produtores de leite, autoridades ligadas à agricultura e integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural do município de Salete (SC).
A atividade teve o objetivo de conscientizar e orientar os presentes sobre essas duas doenças, que causam vários prejuízos no setor e falar sobre as novas normas da Portaria que busca maior controle no recebimento de leite cru refrigerado pelos estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial – municipal (SIM), estadual (SIE) ou federal (SIF). A palestra foi proferida pelo médico veterinário Fabrício Dias Costa, responsável pelo Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, no Departamento Regional de Rio do Sul.
De acordo com Fabrício, promover a sanidade do rebanho catarinense é a missão da Cidasc. “Nosso Estado produz mais de três bilhões de litros de leite por ano e é o quarto maior produtor brasileiro. Com mais de 70 mil famílias envolvidas na atividade, é de suma importância levarmos conhecimento para todos os envolvidos com o setor leiteiro. Queremos com isso obter leite de qualidade. Essas informações referente aos controles e da sanidade do rebanho, muitas vezes, não chegam ao produtor, e isso dificulta o crescimento e a qualificação da cadeia produtiva do leite. A Cidasc é parceira nesse processo e estamos no campo para além de fiscalizar, levar orientação aos produtores”, destaca Fabrício.
Após abordar sobre cada doença, destacando a causa, sinais clínicos, prejuízos, o médico veterinário enfatizou o que o produtor precisa fazer para cumprir a nova portaria e que é de sua importância na cadeia produtiva.
“Os produtores rurais precisam atualizar o cadastro da propriedade no Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária Catarinense – Sigen+, todos os bovinos precisam estar corretamente identificados, realizar exames para o ingresso de animais na propriedade, realizar teste de tuberculose a cada 3 anos e um exame anual para brucelose em amostra de leite, são algumas medidas de responsabilidade dos produtores”, enfatizou o médico veterinário.
Como prevenir a doença nos animais?
Para movimentar animais para dentro de uma propriedade o produtor deve exigir que eles possuam exames de Brucelose com resultado negativo e dentro da validade de 2 meses. Os machos podem transmitir a doença pela cobertura.
A vacinação das bezerras não é obrigatória em Santa Catarina devido a nossa baixa prevalência (0,9% de rebanhos infectados). Os outros estados devem vacinar as bezerras, pois possuem uma prevalência maior que 2%. Em Santa Catarina, a vacinação com a vacina B19 é proibida, pois induz uma reação cruzada com o teste de diagnóstico da Brucelose. Porém, a vacinação com a amostra RB51 é permitida para qualquer propriedade com bovinos. As normas de vacinação em Santa Catarina estão disponíveis na página da Cidasc. A prevenção é sempre a melhor e mais barata forma de controle.
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
O objetivo do Programa é diminuir ou até mesmo erradicar a incidência de casos de Brucelose e Tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam aos consumidores produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com Agroindústrias do Setor Leiteiro (Laticínios).
O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o Artigo 57, do Regulamento Técnico do PNCEBT. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, a proposta do Programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em Serviços de Inspeção e Defesa Sanitária Animal.
Fonte: Departamento Regional de Rio do Sul
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