
O combate à brucelose e tuberculose bovina é um trabalho que a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc realiza diariamente nas propriedades rurais e nas agroindústrias. Desde o início de janeiro de 2021, o Departamento Regional de Concórdia, através do Serviço de Inspeção Estadual e da Defesa Sanitária Animal, vem realizando ações conjuntas com profissionais da coordenação regional no combate à brucelose e tuberculose bovina.
O estado de Santa Catarina é referência nacional no controle de brucelose e tuberculose bovina, duas doenças de extrema importância tanto para os rebanhos quanto para a saúde pública, especialmente dos produtores, pelo contato diário com os animais, e dos consumidores de produtos de origem animal, como carne, leite e seus derivados, pois tratam-se de zoonoses, ou seja, doenças que são comuns entre os animais e o ser humano.
O médico veterinário da defesa sanitária animal, Leonardo Jaques Sampietro, destaca que as ações da Cidasc são baseadas no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose – PNCEBT. “Este programa é o que direciona todo trabalho desenvolvido dentro do estado de Santa Catarina, e que busca a erradicação da brucelose e da tuberculose. Vale ressaltar a importância desse trabalho, pois são duas zoonoses, ou seja, são transmitidas do animal para o homem quando há o consumo de produtos oriundos de animais infectados ou contato com estes. Nestas ações, estão envolvidos os produtores rurais, laticínios, abatedouros, médicos veterinários habilitados, responsáveis técnicos e profissionais da Cidasc. É uma responsabilidade compartilhada, desde a execução do programa até o produto final dentro da indústria”, esclarece.
Ações para melhorar ainda mais o controle sanitário
Apesar do excelente controle sanitário já realizado em Santa Catarina, a Cidasc busca, diariamente, aprimorar ainda mais esse trabalho.
Em cumprimento às normas sanitárias, os médicos veterinários Leonardo Jaques Sampietro (Defesa Sanitária Animal) e Patrícia dos Santos Coutinho (Serviço de Inspeção Estadual – SIE) acompanharam, no dia 12 de fevereiro, o pré abate e abate sanitário de 7 animais positivos, sendo 6 para tuberculose e 1 para brucelose. Patrícia Coutinho explica que os procedimentos incluem a verificação documental de procedência dos animais, o exame ante mortem, aferição de temperatura corporal para avaliação de possível estado febril, conferência de brincos e marcação dos positivos, inspeção de carcaça e vísceras e finalmente a destinação da matéria prima.
“A Cidasc está presente em todo o processo produtivo, desde o campo até a mesa do consumidor. Somente por meio de todo esse controle realizado desde a propriedade até a inspeção ante mortem e post mortem é possível identificar os animais com patologias que representam riscos à saúde pública. A fiscalização nas propriedades e a inspeção na indústria são instrumentos de vigilância sanitária animal e de medicina preventiva”, afirma Patrícia.
As medidas de erradicação da brucelose e tuberculose das propriedades visam não somente a saúde dos animais, mas também promover a saúde do produtor, de seus familiares, tratadores, trabalhadores da propriedade e dos consumidores dos produtos de origem animal oriundos daquela propriedade.
Quando os animais são testados e diagnosticados como portadores dessas zoonoses, os mesmos devem ser abatidos (abate sanitário) para evitar a transmissão às pessoas e a outros animais da propriedade ou das propriedades vizinhas.
As propriedades de origem desses animais passam a ser consideradas focos, e iniciam o processo de saneamento, conforme previsto na Instrução Normativa nº 10, de 2017, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa e da Portaria da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural – SAR nº 32, de 2020.

Identificação dos animais positivos
A identificação desses animais como positivos foi possível devido a:
- Testes de triagem realizados pelos laticínios junto a produtores fornecedores;
- Acompanhamento de abates de animais, por médicos veterinários habilitados de abatedouros, os quais, durante inspeção de rotina, ao detectar lesões macroscópicas sugestivas, coletam material e encaminham para laboratórios credenciados;
- Processo de certificação de propriedades com bovinos e bubalinos, nas quais, durante as etapas do processo de certificação, foram encontrados animais reagentes positivos para brucelose e ou tuberculose.
Os médicos veterinários da Cidasc ressaltam a importância do trabalho conjunto entre o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal com a Defesa Sanitária Animal, pois, o trabalho de identificação e abate dos animais positivos, envolve etapas que ocorrem dentro das agroindústrias, como testes no leite e lesões encontradas em carcaças, e etapas que ocorrem nas propriedades rurais, como coletas de sangue e teste de tuberculinização. O trabalho conjunto também busca fortalecer ainda mais a parceria com as agroindústrias e, principalmente, estimular o envolvimento e participação dos produtores rurais, que devem buscar profissionais habilitados para testarem seus rebanhos, seja para atenderem a legislação ou para alcançarem a certificação da propriedade junto ao PNCEBT, garantindo a saúde de sua família e de seus animais como livre de Brucelose e Tuberculose.
“É fundamental o fortalecimento de ações em educação sanitária para conscientização dos envolvidos no cumprimento das determinações da Portaria SAR nº 44/2020, que trata, entre outros assuntos, de procedimentos de controle da Brucelose e Tuberculose bovina nas propriedades de Santa Catarina. A Cidasc é parceira do produtor, e queremos promover a saúde no rebanho catarinense. Rebanho saudável reduz perdas para o produtor e agrega valor aos produtos oriundos daquela propriedade”, explicam os médicos veterinários.
Fonte: Departamento Regional de Concórdia
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