Foto: Departamento Regional de Criciúma

Uma cerimônia na prefeitura de Orleans realizada no dia 06 de abril, marcou a entrega do certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose  aos produtores Carlito Della Giustina e Marley Aidemann Della Giustina, de Rio das Furnas, e  Francisco de Assis Vieira e Zulma Marlene Debiasi Vieira, da localidade de Brusque do Sul.  A gestora de Defesa Agropecuária da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc de Criciúma, Aline de Oliveira, e a médica veterinária Carmem Regina Vieira participaram da entrega, que contou ainda com a presença do vereador Luiz Cristóvão Crocetta, representando o Secretário Municipal de Agricultura, Edson Kestring. A Prefeitura Municipal de Orleans tem apoiado o programa de certificação. 

Foto: Departamento Regional de Criciúma

No ano passado, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural emitiu a portaria SAR 44/2020, que aumentou o controle sobre o leite cru refrigerado. Com a nova Portaria, as fábricas de laticínios  que recebem leite ou processam leite cru devem rastrear toda a matéria-prima e solicitar os exames de brucelose e tuberculose dos bovinos de seus fornecedores. Desta forma, é possível identificar os dados de cada fornecedor de leite e comprovar que eles seguem todas as exigências sanitárias da legislação vigente. 

De acordo com a médica veterinária Carmem Regina Vieira, da Unidade Veterinária Local da Cidasc de Orleans, o produtor rural que busca a certificação sabe que os produtos oriundos daquela propriedade certificada terão melhor remuneração na hora da comercialização. “A procura pela certificação deverá aumentar nos municípios catarinenses, principalmente depois que os laticínios passaram a exigir a rastreabilidade para adquirir o leite produzido. A certificação representa o compromisso do produtor rural com a sanidade do seu rebanho”, explica a médica veterinária.  

O produtor que obtiver a certificação de propriedade livre, além dos benefícios sanitários, terá benefícios econômicos, já que haverá a redução dos prejuízos ocasionados por essas doenças, maior credibilidade sanitária e agregação de valores nos seus produtos, além de facilidades no trânsito de animais. “Os laticínios pagam um adicional no preço do leite proveniente de propriedades certificadas, entre dois a quatro centavos por litro”, complementa Carmem.

Foto: Departamento Regional de Criciúma

Este trabalho envolve não apenas órgãos governamentais como a Cidasc, que faz a certificação, mas também a iniciativa privada, desde o produtor até a agroindústria. O resultado final traz ganhos para toda a cadeia produtiva e também para o consumidor, que terá uma oferta de laticínios  submetidos a rígidos controles sanitários. 

Em setembro de 2020, Santa Catarina ultrapassou a marca de mil propriedades certificadas livres de Brucelose e Tuberculose, um marco importante que atesta a excelência sanitária dos rebanhos e o importante trabalho feito pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) nos controles sanitários na cadeia produtiva.

Quando houver suspeita da doença, o produtor deve procurar um médico veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa para realizar exames de tuberculose. Os escritórios da Cidasc possuem a lista dos nomes e contatos dos médicos veterinários habilitados para auxiliar o produtor rural. O exame é feito mediante a realização de duas visitas de um mesmo médico veterinário à propriedade. No primeiro dia, é feita uma inoculação no animal, depois de 3 dias, ocorre a segunda visita para fazer a leitura da reação em cada animal por meio de um equipamento apropriado.

Como prevenir a doença nos animais?

Para movimentar animais para dentro de uma propriedade o produtor deve exigir que eles possuam exames de Brucelose com resultado negativo e dentro da validade de 2 meses. Os machos podem transmitir a doença pela cobertura.

A vacinação das bezerras não é obrigatória em Santa Catarina devido a baixa prevalência (0,9% de rebanhos infectados). Os outros estados devem vacinar as bezerras, pois possuem uma prevalência maior que 2%. Em Santa Catarina, a vacinação com a vacina B19 é proibida, pois induz uma reação cruzada com o teste de diagnóstico da Brucelose. Porém, a vacinação com a amostra RB51 é permitida para qualquer propriedade com bovinos. As normas de vacinação em Santa Catarina estão disponíveis na página da Cidasc. A prevenção é sempre a melhor e mais barata forma de controle.

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

O objetivo do Programa é diminuir ou até mesmo erradicar a incidência de casos de Brucelose e Tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam aos consumidores produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com Agroindústrias do Setor Leiteiro (Laticínios).

O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o Artigo 57, do Regulamento Técnico do PNCEBT. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, a proposta do Programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em Serviços de Inspeção e Defesa Sanitária Animal.

Fonte: Departamento Regional de Criciúma

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