Neste dia 25 de maio Santa Catarina comemora 14 anos da obtenção da certificação internacional de Zona Livre de Aftosa sem Vacinação, concedido pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). Esta conquista não só trouxe mais segurança ao consumidor catarinense como abriu muitas oportunidades de negócio para os produtores rurais e agroindústrias do Estado.
Para o presidente da Cidasc, Plinio de Castro, a manutenção do status sanitário por 14 anos é resultado de ações forte do Governo de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural e do profissionalismo de todos os médicos veterinários e demais técnicos da companhia junto aos produtores rurais, parceiros fundamentais no processo, além de entidades públicas e privadas ligadas ao setor produtivo. “O trabalho incansável realizado há décadas em Santa Catarina resultou na conquista do certificado internacional de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. É um marco que elevou o status sanitário do estado no mercado internacional. Sem dúvida estamos colhendo os frutos dessa conquista, um retorno muito positivo tanto no quesito da saúde pública e qualidade, quanto na comercialização dos produtos de origem animal”, comemora Plinio.
O status de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação permitiu fechar contratos em mais países e com melhor remuneração. No ano de 2020, Santa Catarina superou a marca de US$ 1 bilhão em exportação de carne suína, um aumento de 35% em relação ao ano anterior. Em março, foi registrado outro resultado animador: as exportações de produtos suínos bateu novo recorde, de 55 mil toneladas num único mês. Foi o melhor resultado desde 1997, quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa iniciou a série histórica.
Embora a carne bovina tenha uma participação menor nas exportações catarinenses, também registrou incremento após a certificação da OIE e alcançou mercados mais exigentes. Hong Kong, Uruguai e Israel foram os principais importadores destes produtos de Santa Catarina em 2020.
Diante dos bons resultados, outros estados brasileiros, dentre eles os vizinhos Rio Grande do Sul e Paraná, obterão nesta semana o mesmo certificado conquistado por Santa Catarina em 2007. O Diretor de Defesa Agropecuária, Diego Torres Severo, diz que, quando isso se concretizar, pode até mesmo abrir a possibilidade de ingresso em Santa Catarina de bovinos e bubalinos. “Isto é possível desde que os estados com o mesmo status que Santa Catarina cumpram as regras e exigências vigentes no Estado, como animais de rebanhos bovinos e bubalinos identificados individualmente, nunca vacinados para febre aftosa e fêmeas não vacinadas com vacina contra a brucelose B-19”, completa Severo.
Atenção constante
A conquista do certificado da OIE exige que uma série de cuidados sejam rigorosamente cumpridos pelos produtores e pelo poder público. Atualmente, é proibido o ingresso de bovinos e bubalinos no Estado, exigida quarentena e testagem para ingresso dos demais suscetíveis à febre aftosa como ovinos e caprinos (suínos de GRSC cumprem apenas a quarentena) oriundos de outros estados não certificados. Com a certificação nesta semana do PR, RS, AC, RO e partes do AM e MT, estas exigências serão abolidas para suínos, ovinos e caprinos, porém mantidas restrições para bovinos e bubalinos conforme a Lei Estadual 17.826/2019.
Nas propriedades, é necessário que todo rebanho bovino e bubalino receba os brincos de identificação individual, que permitem rastrear a situação individual de cada etapa da vida destes animais. Os produtores rurais devem manter seus cadastros e saldo de animais sempre atualizados. Além disso, qualquer suspeita de doença de notificação obrigatória deve ser informada imediatamente ao escritório da Cidasc mais próximo.
O trabalho da Cidasc no campo e no serviço de inspeção de produtos de origem animal é parte essencial para que Santa Catarina mantenha o bom resultado já obtido. A Companhia mantém um controle rigoroso de cargas e do trânsito agropecuário através de 63 postos de fiscalização em atividade na fronteira com a Argentina e nas divisas com Rio Grande do Sul e Paraná. O Estado de Santa Catarina não registra casos de aftosa desde 1993.
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