Nesta quinta-feira, 15, a propriedade de Antônio e Neiva Bedin, na Linha Áurea em Ipumirim, recebeu o Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose. A vistoria foi realizada pela médica veterinária da Cidasc Franciele Gado, acompanhada do médico veterinário habilitado Ildemar Brayer Pereira, responsável técnico pelo rebanho dos Bedin. 

A atividade leiteira da família é administrada pela filha Angela Galina, formada em Medicina Veterinária, e pelo genro Anderson Galina, técnico agrícola, que hoje se dedicam totalmente à produção de leite.  A propriedade conta hoje com um rebanho total de 90 cabeças, e produz pouco mais de mil litros de leite por dia. 

Segundo Franciele Gado, ao focar na sanidade animal qualquer produtor rural pode agregar valor a seu rebanho e também ao leite que produz. Outro aspecto primordial é a saúde dos próprios produtores, como lembra Ildemar Pereira. O médico veterinário habilitado ressalta que o laticínio para o qual a família Bedin entrega a matéria-prima oferece incentivo financeiro a quem é certificado. “A certificação de propriedade livre, além dos benefícios sanitários, traz benefícios econômicos, já que há um incentivo financeiro do laticínio para o produtor. O dono do rebanho também terá a redução dos prejuízos ocasionados por essas doenças, maior credibilidade sanitária, além de facilidades no trânsito de animais”, explica.

Todo o trabalho que vem sendo realizado tem permitido a estes produtores entregarem produto de qualidade à agroindústria. “A família Bedin acredita na atividade leiteira e já iniciou investimentos importantes em genética e nas instalações da propriedade. A certificação traz a garantia de sanidade, o que permite uma segurança para fazer investimentos futuros”, complementa Ildemar. 

As medidas sanitárias no trato com os animais e na manipulação do leite em toda cadeia produtiva se inserem no conceito de saúde única (one health): cuidados com a saúde animal e com o meio ambiente também representam o cuidado com a saúde humana. Esta é uma preocupação da produtora Angela Galina:  produzir leite de qualidade, garantindo a entrega de um alimento saudável e em plenas condições sanitárias, que seja inócuo para o consumidor final. 

As atividades de saneamento para certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose são obrigadas a ter supervisão técnica de médico veterinário habilitado, que são profissionais que atuam no setor privado, e que estão devidamente habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para ser habilitado, exige-se que o profissional seja aprovado em curso de treinamento em métodos de diagnóstico e controle da brucelose e da tuberculose.

Como prevenir a doença nos animais?

Para movimentar animais para dentro de uma propriedade, o produtor deve exigir que eles possuam exames de brucelose com resultado negativo e dentro da validade de dois meses. Os machos podem transmitir a doença pela cobertura.

A vacinação das bezerras não é obrigatória em Santa Catarina devido a nossa baixa prevalência (0,9% de rebanhos infectados). Os outros estados devem vacinar as bezerras, pois possuem uma prevalência maior que 2%. Em Santa Catarina, a vacinação com a vacina B19 é proibida, pois induz uma reação cruzada com o teste de diagnóstico da brucelose. Porém, a vacinação com a amostra RB51 é permitida para qualquer propriedade com bovinos. As normas de vacinação vigentes no Estado estão disponíveis na página da Cidasc. A prevenção é sempre a melhor e mais barata forma de controle.

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

O objetivo do programa é diminuir ou até mesmo erradicar a incidência de casos de brucelose e tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam aos consumidores produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com agroindústrias do setor leiteiro (laticínios).

O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o artigo 57, do Regulamento Técnico do PNCEBT. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a proposta do programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em serviços de inspeção e defesa sanitária animal.

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