Imagem: Departamento Regional de Sâo Miguel do Oeste

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, por meio do Departamento Regional de São Miguel do Oeste, promoveu, no dia 22 de julho, uma palestra técnica virtual sobre “Portaria SAR 44/2020, publicada 16/12/2021, e da Instrução Normativa – IN 002/2021, publicada em 30/06/2021 e os desafios do controle e erradicação da brucelose e tuberculose na bovinocultura catarinense”, para representantes de cooperativas, gerentes de lacticínios, técnicos de campo de lacticínios, responsáveis técnicos de laticínios e médicos veterinários da inspeção estadual. 

O gestor de Defesa Agropecuária do Departamento Regional de São Miguel do Oeste, Ody Hess Gonçalves, fez a abertura da reunião, destacando que todos os elos da cadeia produtiva do leite são partes fundamentais no processo de controle e erradicação das doenças no estado. 

“Os produtores rurais precisam atualizar o cadastro da propriedade no Sigen+, todos os bovinos precisam estar corretamente identificados, realizar exames para o ingresso de animais na propriedade, realizar teste de tuberculose a cada 3 anos e um exame anual para brucelose em amostra de leite, são algumas medidas de responsabilidade dos produtores e laticínios”, disse o médico veterinário e gestor de Defesa Agropecuária Ody Hess Gonçalves.

A atividade teve o objetivo de conscientizar e orientar os presentes sobre essas duas doenças, que causam vários prejuízos no setor e falar sobre as novas normas da Portaria que busca maior controle no recebimento de leite cru refrigerado pelos estabelecimentos registrados no serviço de inspeção oficial – municipal (SIM), estadual (SIE) ou federal (SIF). A médica veterinária da Unidade Veterinária Local de Guaraciaba, Mallu Sereno, ministrou uma apresentação sobre a aplicabilidade da Portaria e seu funcionamento entre produtores, laticínios, Cidasc e escritórios de apoio, e sobre informações de saneamento de foco em propriedade.

A segunda palestra com ênfase no Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária Catarinense – Sigen+, ministrada pelo médico veterinário de São Miguel do Oeste, Alexandre Schwengber, mostrou as ferramentas do Sigen+ (Informações importantes sobre o cadastro de pessoas, propriedade, agroindústria, rotas de transporte, entre outros) e da plataforma Business Intelligence (BI) que auxilia na produção de relatórios da defesa sanitária animal (rotas, emissão de planilhas e onde verificar informações para monitoramento das propriedades leiteiras – vigilância para brucelose, tuberculose e propriedades com pendências no atendimento de requisitos e prazos).

De acordo com Alexandre Schwengber, a bovinocultura de leite é destaque na região e promover a sanidade do rebanho é a missão da Cidasc. “Nosso Estado é um grande produtor de alimentos e se consagra como o quarto maior produtor brasileiro de leite, com produção de mais de três bilhões de litros de leite por ano. Santa Catarina é movida pela pequena propriedade rural, com mais de 70 mil famílias envolvidas na atividade, e é de suma importância levarmos conhecimento para todos os envolvidos com o setor leiteiro. Queremos com isso obter leite com mais qualidade, sanidade e rastreabilidade do processo produtivo. A Cidasc é parceira nesse processo e estamos no campo para além de fiscalizar, levar orientação aos produtores. Essas informações referente aos controles e da sanidade do rebanho, muitas vezes, não chegam ao produtor, e isso dificulta o crescimento e a qualificação da cadeia produtiva do leite”, destaca Alexandre.

Após serem abordados todos os assuntos, a equipe técnica da Cidasc ressaltou a importância de todos fazerem a sua parte no atendimento da Portaria e da Instrução Normativa, que é de sua importância para a cadeia produtiva.

Como prevenir a doença nos animais?

Foto: Ascom/Cidasc

Para movimentar animais para dentro de uma propriedade o produtor deve exigir que eles possuam exames de Brucelose com resultado negativo e dentro da validade de 2 meses. Os machos podem transmitir a doença pela cobertura.

A vacinação das bezerras não é obrigatória em Santa Catarina devido a nossa baixa prevalência (0,9% de rebanhos infectados). Os outros estados devem vacinar as bezerras, pois possuem uma prevalência maior que 2%. Em Santa Catarina, a vacinação com a vacina B19 é proibida, pois induz uma reação cruzada com o teste de diagnóstico da Brucelose. Porém, a vacinação com a amostra RB51 é permitida para qualquer propriedade com bovinos. As normas de vacinação em Santa Catarina estão disponíveis na página da Cidasc. A prevenção é sempre a melhor e mais barata forma de controle.

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

O objetivo do Programa é diminuir ou até mesmo erradicar a incidência de casos de Brucelose e Tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam aos consumidores produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com Agroindústrias do Setor Leiteiro (Laticínios).

O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o Artigo 57, do Regulamento Técnico do PNCEBT. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, a proposta do Programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em Serviços de Inspeção e Defesa Sanitária Animal.

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