Nesta segunda-feira, o plenário virtual do Senado Federal prestou homenagem a uma das entidades pioneiras no combate à febre aftosa, que está comemorando 70 anos. Em 1951, quando o Centro Panamericano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA) foi criado, a doença era endêmica em toda América do Sul. 

O presidente da Cidasc, Plinio de Castro, representou o governador Carlos Moisés na sessão especial dedicada aos 70 anos da PANAFTOSA. Santa Catarina é referência neste tema, tendo sido o primeiro estado a obter o status de zona livre de aftosa sem vacinação, em 2007, distinção que mantém desde então. Esta e outras certificações internacionais são resultado de mais de 40 anos de trabalho da Cidasc na defesa agropecuária no Estado. 

As medidas implementadas atualmente são sequência do que foi iniciado pela PANAFTOSA, órgão ligado à Organização Mundial de Saúde. Ela foi pioneira na coordenação de esforços de monitoramento desta enfermidade e do desenvolvimento de vacinas para imunizar os rebanhos, um passo necessário para reduzir a incidência de febre aftosa no continente. 

Os países da América do Sul, com exceção da Venezuela, são considerados livres de aftosa e algumas regiões, como Santa Catarina, conseguiram chegar a um patamar que permite o controle sem a vacina. Recentemente, outros seis estados e regiões brasileiros conseguiram  a certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação, o que poderá lhes abrir novas oportunidades no mercado internacional, a exemplo do que ocorreu com a carne catarinense, exportada para mercados bastante exigentes. 

Além de ser um diferencial para a indústria da carne, controlar a febre aftosa é garantir a inocuidade dos alimentos disponíveis à população. O cuidado com a sanidade animal, voltado ao combate desta e de outras doenças, se alinha ao conceito de saúde única, que não dissocia a saúde dos animais, do meio ambiente e das pessoas. 

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