Alimentar porcos com resíduos de alimentos, principalmente restos de origem animal, é um fator de risco para disseminação de doenças nos plantéis. É por isso que a legislação proíbe alimentar suínos com resíduos de alimentos de qualquer origem, mesmo quando os animais não se destinam à comercialização.
Esta explicação foi um dos tópicos abordados na palestra oferecida pela Cidasc aos responsáveis por restaurantes na cidade de Timbó, realizada no final de setembro na Câmara Municipal de Vereadores. Os palestrantes foram os médicos veterinários da Cidasc Talita Elly Treml e Alison Carlesse Ribeiro, que contaram ainda com o apoio da Vigilância Sanitária municipal e do profissional da Epagri Valdomiro Biz, que falou sobre o processo de compostagem como alternativa de destinação correta de resíduos orgânicos.
O diálogo com os estabelecimentos do setor alimentício se soma aos esforços para manter Santa Catarina livre da peste suína africana (PSA), doença recentemente registrada na região do Caribe e que não possuía casos registrados no continente americano nos últimos 40 anos. A alimentação dos suínos com resíduos orgânicos e restos de alimentos também pode favorecer o surgimento de outras doenças, como a peste suína clássica e a febre aftosa. Santa Catarina possui certificado de zona livre dessas duas doenças, graças a um intenso trabalho de defesa agropecuária que a Cidasc vem realizando desde sua fundação, nos anos 1979.
A médica veterinária da Cidasc Talita Elly Treml explica que as boas práticas de biossegurança também contribuem para evitar a volta da peste suína africana aos plantéis. “É fundamental que os produtores estejam atentos aos sintomas, pois o retorno dessa enfermidade pode causar prejuízos bilionários à suinocultura catarinense, já que o estado é o maior produtor e o maior exportador de suínos do Brasil”, disse Talita.
Notificação:
Em casos suspeitos, o produtor deve contatar imediatamente a defesa sanitária animal da Cidasc do seu município.
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