Alguns mercados internacionais fazem exigências sanitárias específicas, mais rígidas que as preconizadas pela Organização Mundial da Saúde. É o caso da China e da União Aduaneira (formada por Rússia, Bielorússia e Cazaquistão), que não permitem a utilização de um aditivo chamado ractopamina na produção de carne de porco. 

As granjas que se dedicam a atender estes importadores adotam um sistema segregado de produção. Neste mês de outubro, foi iniciada a fiscalização oficial destas granjas em Santa Catarina, dentro de um programa específico para certificação sanitária de carne suína destinada a estes mercados. 

Duas granjas da empresa Pamplona foram vistoriadas no início do mês pelos veterinários do Departamento Regional de Rio do Sul César Augusto Barbosa e Karyna Giacomini, para verificar o cumprimento dos requisitos sanitários. A ação foi acompanhada também pela coordenadora de Sanidade Suídea, Vanessa de Medeiros Bonatelli, e pela gestora da Divisão de Defesa Sanitária Animal  Débora Reis Trindade de Andrade, bem como pelos técnicos da empresa. 

Durante a fiscalização é feita uma verificação oficial in loco e documental, onde são contemplados: verificação da origem dos animais, verificação da Ficha de Acompanhamento do Lote (FAL), verificação da origem da ração (oriunda de fábricas de ração aprovadas pelo Mapa para integrar o sistema segregado – sem ractopamina), uso de ração exclusivamente sem ractopamina, entre outros. Sendo a empresa aprovada no checklist, ela recebe a homologação e passa a estar autorizada para a exportação desses produtos para os mercados mais restritivos quanto ao uso do aditivo.

Participam desse sistema de granjas dedicadas à exportação aos mercados da China e União Aduaneira as empresas Aurora, BRF, Copercampos, Pamplona e Seara, que tiveram propriedades sorteadas para a verificação em nove departamentos regionais da Cidasc: Blumenau, Campos Novos, Chapecó, Concórdia, Joaçaba, Rio do Sul, São Miguel do Oeste, Videira e Xanxerê.

Ractopamina amplia a síntese de proteínas

A ractopamina é um aditivo utilizado na nutrição de suínos em fase de terminação, com o objetivo de proporcionar uma maior deposição de carne e menor deposição de gordura na carcaça. É importante destacar que não se trata de hormônio, promotor de crescimento ou antibiótico. 

O uso desse aditivo na produção de suínos é liberado por organismos internacionais, como Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), por meio do Codex Allimentarius, dentro do Limites Máximos de Resíduos (LMR) na carne. 

No Brasil, o seu uso é permitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entretanto, a União Europeia, Rússia e China, por exemplo, optaram por criar legislações próprias para  banirem a sua utilização e exigirem de seus fornecedores a não presença de qualquer traço dela na carne. A garantia do cumprimento dos requisitos sanitários é fornecida pela Cidasc e pelo Mapa.

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