Desde o dia 18 de outubro, o Laboratório da Cidasc de Chapecó está oferecendo novos serviços de exames de diagnóstico de brucelose bovina e bubalina. A realização periódica de exames de diagnóstico no rebanho também é estratégica para a erradicação da doença.
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc está empenhada em eliminar a brucelose dos rebanhos do estado de Santa Catarina e reduzir as perdas de produtividade no campo.
De acordo com a médica responsável pela gestão laboratorial, Beatriz Machado Terra Lopes, o novo Teste da Polarização Fluorescente (FPA) para Diagnóstico de Brucelose Bovina e Bubalina em soro sanguíneo veio para somar com o Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) para Diagnóstico de Brucelose Bovina e Bubalina em soro sanguíneo. “Logo teremos novos serviços para oferecer aos médicos veterinários habilitados”, destacou Beatriz.
Para mais informações sobre valores e documentações, os profissionais devem acessar o site da Cidasc www.cidasc.sc.gov.br ou através do link do laborat´ório.
O produtor deve ficar atento, pois quem cumpre a legislação é indenizado pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal – Fundesa. Quanto mais rápido forem diagnosticados os animais positivos, menor é o prejuízo da propriedade e mais rápido é solucionado o problema.
Brucelose
A brucelose é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus e pode ocasionar aborto e queda na produção de leite. Ela ataca animais machos e fêmeas.
Muitos animais contraem a doença quando comem ou lambem restos de placentas no pasto, visto que, quando a vaca sofre o aborto, a Brucella pode permanecer viva por cerca de seis meses no solo e pastagem. A transmissão também pode acontecer durante a monta natural, ou na inseminação com material ou sêmen contaminado.
O ser humano pode contrair a brucelose, assim como os animais, quando entra em contato direto com os restos de aborto ou placenta. Além disso, o consumo de leite cru e derivados contaminados pela bactéria também podem acometer o homem.
Como perceber
Alguns sintomas podem auxiliar o produtor na identificação da doença entre os animais da propriedade, entre eles: Aborto no 7º mês de gestação, principalmente nas primeiras crias; Queda de produção de leite; Nas fêmeas pode ocorrer retenção de placenta, repetição de cio e até infertilidade; Nos machos, observa-se o inchaço dos testículos.
Contudo, animais doentes podem não apresentar os sintomas listados acima. Portanto, é importante realizar exames em todos os animais da propriedade.
Prevenção
Ações conjuntas e alguns cuidados básicos podem, a longo prazo, auxiliar na erradicação da brucelose dos rebanhos catarinenses.
– É importante comprar apenas animais que tenham exame negativo para brucelose, ou de rebanhos livres da doença e com a Guia de Trânsito Animal – GTA;
– Utilizar touros de monta que tenham exame negativo para brucelose;
– Realizar a inseminação artificial somente com material de locais que garantam a segurança contra a doença;
– Fazer testes periódicos no rebanho, para conhecer a saúde dos animais;
– Lavar bem as mãos após o manejo dos animais;
– Sempre usar luvas para mexer nos fetos abortados e placentas com infecção;
– Queimar o feto abortado e a placenta, em seguida, desinfetar o local do aborto;
– Sempre ferver o leite antes de beber.
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
O objetivo do programa é diminuir ou até mesmo erradicar a incidência de casos de Brucelose e Tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam aos consumidores produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com Agroindústrias do Setor Leiteiro (Laticínios).
O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o Artigo 57 do Regulamento Técnico do PNCEBT. De acordo com o Mapa, a proposta do Programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em Serviços de Inspeção e Defesa Sanitária Animal.
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Jaqueline Vanolli
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