
Recentemente, os agentes de manejo populacional (AMPs) foram autorizados a transportar as carcaças dos javalis para suas casas, apenas para consumo próprio, respeitando os procedimentos estabelecidos na Portaria SAR n°37/2021, de julho deste ano. Todas as questões técnicas e sanitárias envolvendo este tema foram abordadas num circuito de palestras direcionado aos agentes de manejo no início de novembro, promovido pela Academia de Tiro Precisão, em Caçador.
Um dos convidados a falar foi o gestor regional de Defesa Agropecuária, Luis Felipe Sperry Bratti, acompanhado pelo coordenador regional de Defesa Sanitária Animal, Ubirajara Capri Muliterno. Eles abordaram as questões técnicas e sanitárias envolvendo o tema, como legislação, zoonoses, manejo, coleta de amostras e transporte das carcaças. Também participaram do evento Alexandre Baggio, representando o secretário de Estado da Agricultura e Pesca, Altair Silva; o 3º sargento Osmar José Sônego, da Polícia Militar Ambiental em Caçador, e o palestrante Samurai Caçador.

Luis Felipe Bratti, que é médico veterinário, ressaltou os riscos que a espécie invasora oferece, podendo atacar pessoas e animais e transmitir doenças como leptospirose, brucelose e hepatite E. Outras, como a peste suína clássica e a peste suína africana, embora não atinjam as pessoas, podem provocar a morte dos plantéis e grandes perdas econômicas. Além disso, os javalis provocam grandes perdas ao pisotear e devastar lavouras.
É devido a estes riscos sanitários que foram estabelecidos procedimentos para o manejo e para o transporte das carcaças. É necessário coletar uma amostra de sangue de todo javali abatido e entregá-la devidamente identificada para análise na Cidasc e também identificar com lacre apropriado cada carcaça a ser transportada.
O coordenador regional de Defesa Sanitária Animal, Ubirajara Capri Muliterno, salientou que mesmo possuindo autorização para transportarem as carcaças, os agentes de manejo devem estar cientes de que o consumo da carne de javali apresenta riscos à saúde. Por isso, deve ser manipulada com uso de luvas e não ser consumida mal passada. O cozimento elimina vírus (como o Influenza e o da hepatite) e larvas (como as da triquinelose e da cisticercose), que podem estar presentes. A carne de suídeos asselvajados é inadequada para produção de embutidos, pois a cura não elimina estes contaminantes.
A palestra foi ilustrada com fotos e vídeos que ajudarão os agentes de manejo a identificarem sinais de diversas doenças às quais os javalis estão suscetíveis.
Todas as orientações sobre como proceder em relação ao manejo de javalis estão disponíveis em https://www.cidasc.sc.gov.br/defesasanitariaanimal/programas/sanidade-suidea/legislacao/
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