Foto: Prefeitura de Mafra

O norte catarinense conquistou mais uma propriedade livre de Brucelose e Tuberculose, e a primeira do município de Mafra. A família Zielinski, da região de Rio Branco I, possui laticínio já registrado no Selo de Inspeção Municipal (SIM) e alcançou o nível de sanidade para certificar-se livre das zoonoses. 

Após os trâmites de certificação, a família foi prestigiada pela Prefeitura Municipal de Mafra, pela Epagri e pela Cidasc em cerimônia na propriedade, sendo feita a entrega do certificado. No evento, o prefeito de Mafra, Emerson Maas, reiterou a importância dos trabalhos conjuntos entre produtores e órgãos públicos, agregando valor à agricultura familiar e dando subsídios para incremento de valores no mercado. 

A partir da certificação, a família Zielinski pretende buscar a obtenção do selo ARTE, selo estadual que garante a excelência sanitária e a qualidade artesanal dos produtos de origem animal, preservando a tradição dos produtores. A produção da família é destinada em parte para a merenda escolar do município e para a venda em estabelecimentos da região. 

“Esperamos que com essa primeira certificação, outras propriedades possam se enquadrar nesse processo, mostrando a qualidade e evolução técnica de nossos produtores”, argumenta o médico veterinário da Cidasc, Fernando Bilinski. 

Ao certificar a propriedade o produtor tem maior facilidade no transporte dos animais e pode ter maiores lucros na venda de seu leite, já que alguns laticínios pagam um valor adicional pelos produtos de sanidade comprovada. Além disso, a certificação é importante pelo impacto na saúde pública causado por essas zoonoses. 

Foto: Prefeitura de Mafra

Brucelose e Tuberculose

Ambas são zoonoses (doenças transmissíveis ao ser humano) que podem ser transmitidas pelo consumo de leite ou derivados crus. Os trabalhadores que manejam os animais têm risco de contrair a brucelose pela inalação das gotículas de leite, mas o principal meio de contágio é através do contato com líquidos do parto de fêmeas infectadas. 

Já a Tuberculose pode ser transmitida entre os animais através da alimentação em cochos compartilhados e pela respiração próxima uns dos outros. Os trabalhadores que manejam esses animais podem contrair a doença através da proximidade com essa respiração, ou pelo contato com gotículas de leite, caso o rebanho esteja infectado. 

Os sintomas das doenças nos animais incluem aborto, nascimento de bezerros fracos, queda de produção, perda de peso, mastites ou tosse. Por conta da doença, o rebanho fica enfraquecido e não produz. Se passadas ao ser humano, podem ser fatais. 

Como ser uma propriedade livre de Brucelose e Tuberculose

O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose é um documento que prova que os rebanhos estão saudáveis, ajudando a preservar a saúde pública e a qualidade do produto. Santa Catarina tem os menores índices de prevalência de brucelose do país e já são mais de mil propriedades com certificação. 

Para certificar a propriedade, é preciso a verificação do cadastro da propriedade e de todos os animais, que devem estar brincados, com saldo atualizado e com os produtores e seus rebanhos cadastrados.

É necessária a realização de dois exames consecutivos, que precisam testar negativo, com intervalo de 6 a 12 meses. Os exames devem ser feitos por médico veterinário habilitado no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal.

Todos os animais da propriedade devem ser testados. Para os exames de brucelose, devem ser testados todas as fêmeas e machos com mais de 8 meses completos de idade. Já para a tuberculose, devem ser testados todas as fêmeas e machos com mais de 42 dias de idade. A renovação do certificado é feita anualmente com novos exames. 

Mais informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom