Atualmente, o Estado de Santa Catarina se encontra em campanha contra a Peste Suína Africana, após um caso da doença ter sido notificado na República Dominicana. Mas, infelizmente, essa não é a única praga que pode atacar os suínos, ainda existem mais duas enfermidades que devem fazer o produtor ficar atento: a Peste Suína Clássica e a Doença de Aujesky.
Peste Suína Clássica (PSC)
A peste suína clássica é uma doença altamente infecciosa, com elevada taxa de contaminação e sem cura. Ela também é conhecida como febre ou cólera suína, e afeta suínos domésticos e selvagens.
Embora tão contagiosa quanto a Peste Suína Africana, a principal diferença entre as duas pestes é o material genético que, no caso da PSC, é composto por RNA, formando um vírus da família Flaviviridae. A versão clássica da doença também não acomete os seres humanos, mas pode ser fatal para os suídeos em grande parte dos casos. Em 2021, Santa Catarina completou 6 anos como zona livre de Peste Suína Clássica, título concedido pela OIE – Organização Mundial de Saúde Animal. Apesar de não termos casos da doença há anos, é preciso sempre prevenir e ficar atento aos sinais da enfermidade.
Os sintomas da doença incluem:
- Alta diminuição no consumo de alimentos;
- Febre acima de 40°C;
- Andar cambaleante;
- Manchas avermelhadas pelo corpo, atrás das orelhas, entre as pernas e na papada.
- Abortos, mortes de recém-nascidos e fetos mumificados. Além de fêmeas com repetição de cio.
- Conjuntivite e sinais clínicos respiratórios.
Doença de Aujeszky
A doença de Aujeszky ou pseudo-raiva, é uma infecção causado por um herpesvírus. Os suídeos são os mais atingidos, mas ela ocorre também em bovinos, equinos, ovinos, caprinos, caninos e felinos. A doença afeta o sistema respiratório, o central e o reprodutor, causando um alto índice de mortalidade entre leitões.
A taxa de transmissão também é elevada e não há cura. O vírus se abriga nas secreções nasais e na saliva de animais doentes, com a transmissão ocorrendo via contato direto entre os animais ou pela água/alimentos contaminados.
Os sintomas são diferentes para os leitões e para as matrizes. Entretanto, temperatura alta, falta de vontade de comer e salivação com espuma se manifestam em ambos os casos.
Sintomas da doença em leitões: Falta do controle dos movimentos, ranger de dentes e convulsões. Na maioria dos casos, o quadro causa a morte.
Sintomas da doenças em matrizes: Repetição do cio, aumento no número de abortos, nascimento de leitões fracos ou mortos.
Como prevenir e colaborar?
– Transporte animais sempre com a Guia de Trânsito Animal (GTA);
– Adquira reprodutores de Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas (GRSC), essa certificação garante um nível sanitário adequado para os reprodutores do seu plantel;
- Utilize caminhões desinfetados ao transportar animais, para evitar a entrada de agentes infecciosos;
- Evite a entrada de pessoas estranhas na sua propriedade;
- Nunca alimente suínos com restos de comida, isso é proibido por lei;
- Mantenha seu cadastro na Cidasc sempre atualizado;
- Informe o trânsito ilegal de animais.
Mais informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Cidasc
Fone: (48) 3665 7000
ascom@cidasc.sc.gov.br
www.cidasc.sc.gov.br
www.facebook.com/cidasc.ascom