A ferrugem asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, e a partir de então é monitorada e pesquisada. Considerada a doença mais severa da cultura da soja, pode causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada.
De acordo com o gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, Alexandre Mees, a Cidasc vem monitorando a praga em Santa Catarina desde o início da safra 2021/2022. “Engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas da Cidasc estão no campo realizando o monitoramento da ferrugem-asiática até 15 de fevereiro de 2022. Os estados produtores precisam realizar o monitoramento e enviar o relatório ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa”, explica.
A engenheira agrônoma e gestora da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, Fabiane do Santos, acompanha de perto o monitoramento da ferrugem asiática em Santa Catarina. Segundo ela, até o presente momento, na safra 2021/2022, Santa Catarina não identificou o fungo Phakopsora pachyrhizi – causador da ferrugem asiática.
Fabiane destaca que as lavouras catarinenses estão em condições muito boas em termos de doenças. “Nesta safra, o fungo não encontrou condições climáticas favoráveis para o seu desenvolvimento, diferente do que aconteceu em outras safras quando o estado enfrentou períodos chuvosos. O estado vem enfrentando uma longa estiagem. O processo de infecção do fungo P. pachyrhizi, depende de água na superfície da folha por um período mínimo de seis horas e temperaturas na faixa de 15ºC a 27ºC. De maneira oposta ao que temos observado no momento, estiagem associada com temperaturas extremamente elevadas que consequentemente diminuem a taxa de desenvolvimento da doença”, relata a engenheira agrônoma.
No entanto, a previsão climática a partir de quinta-feira é de chuva, com queda de temperatura em todas regiões do estado. Dessa forma, o produtor deve ficar atento quanto a possibilidade das primeiras ocorrências de ferrugem-asiática nesta safra.
O manejo correto da ferrugem asiática envolve medidas culturais, resistência genética e utilização de fungicidas. As medidas culturais, se referem principalmente ao vazio sanitário e o período de semeadura, as quais são regulamentados por normas legislativas, tornando obrigatório a adoção dessas estratégias por todos os produtores, a fim de diminuir o inóculo para a safra seguinte e o número de aplicações de fungicidas, para evitar a perda de eficiência desses produtos agrotóxicos.
O produtor catarinense vem fazendo o seu dever de casa. É importante que ele acompanhe os alertas quanto a presença de esporos e primeiras ocorrências em Santa Catarina, disponibilizados pelo consórcio antiferrugem (http://www.consorcioantiferrugem.net/#/main), alimentados com informações de responsáveis técnicos e pela Cidasc.
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