Doenças como a brucelose e a tuberculose não fazem distinção quanto ao tamanho do rebanho, por isso os cuidados sanitários são essenciais mesmo em criações para subsistência. Pequenos produtores foram o público alvo da reunião técnica sobre estas zoonoses, realizada em Balneário Gaivota no dia 17 de fevereiro. 

O evento foi promovido pela Unidade Veterinária Local de Sombrio, em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura, Epagri, Sebrae e a Prefeitura Municipal de Balneário Gaivota. As propriedades rurais do município são familiares, muitas delas com produção para consumo próprio. 

Foi apresentado na reunião explicações sobre a prevenção destas doenças, procedimentos para notificação de casos, saneamento do rebanho e processos de indenizações de produtores via FUNDESA. Também foi detalhada a Portaria SAR nº 44/2020, que estabelece os procedimentos desde a produção e conservação até o transporte e recepção do leite cru nos laticínios registrados no serviço de inspeção. 

Por serem zoonoses, a brucelose e a tuberculose podem contagiar também o produtor, através do contato com secreções dos animais doentes, e a sua família, pelo consumo do leite cru de um animal contaminado. 

“O leite cru ou produtos derivados do leite não devem ser consumidos sem antes passar o leite por tratamento térmico: pasteurizar ou ferver bem o leite”, explica o médico veterinário Marcelo Dias Vieira, da UVL de Sombrio. Por razões sanitárias, a pasteurização é obrigatória para vender leite ao consumidor, uma determinação prevista na legislação federal. 

A certificação de propriedades como livres de brucelose e tuberculose é outra medida para tentar erradicar essas doenças e promover alimentos mais seguros para o consumo.  Ela também é vantajosa para o produtor, que pode conseguir uma remuneração melhor para o leite que produz ou criar uma pequena agroindústria para beneficiar produtos lácteos e aumentar sua renda.

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