Em agosto de 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  lançou as novas diretrizes para o programa nacional de sanidade suína, por meio do Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos.

O plano – que revogou a Norma Interna 05/2009 e a Norma Interna 03/2014 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – traz um sistema mais moderno de vigilância e amplia o escopo de doenças-alvo para a PSC (peste suína clássica), a PSA (peste suína africana) e a PRRS (síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos), podendo ser incluídas outras doenças de interesse.

A metodologia do novo plano é composta por vigilância clínica e sorológica em propriedades caracterizadas como tecnificadas (sorteadas pelo Ministério da Agricultura) e não-tecnificadas de comércio local (selecionadas pela unidade veterinária local, conforme requisitos determinados pelo Mapa), distribuídas de forma a obter a melhor avaliação espacial e temporal.

O Mapa liberou para que as vigilâncias começassem a ser aplicadas nas propriedades a partir da segunda quinzena de janeiro de 2022. A Coordenação Estadual de Sanidade Suídea da Cidasc realizou uma reunião on-line com todos os médicos veterinários oficiais do Estado para sanar dúvidas e divulgar os municípios e propriedades que fariam parte da vigilância nesse primeiro semestre de 2022.

A granja do senhor Paulo Roberto Schwantz, localizada em Blumenau, foi a primeira granja do Estado a passar pela vigilância sorológica, sob o comando do médico veterinário Augusto Eneas Upnmoor. Além de inspeção visual e clínica,  foram coletadas amostras de sangue para o envio de soro ao laboratório. Também participaram dessa ação os médicos veterinários do Departamento Regional de Blumenau, César Augusto Barbosa de Macedo, Ari Schlagenhaufer (gestor regional) e a estagiária da 10ª fase de medicina veterinária da Universidade Regional de Blumenau – FURB, Sofia Battistoti.  

“Esta modalidade de vigilância, em atendimento ao plano integrado de vigilância, propicia vigilância efetiva e aumenta a confiabilidade no processo, tão importante à garantia do status sanitário catarinense. Em tempo real, após o lançamento dos formulários, a informação está disponível para acompanhar o que está sendo realizado no Estado”, declarou Ari Schlagenhaufer.

Já a primeira vigilância clínica do Estado ocorreu em São José do Cedro, Departamento Regional de São Miguel do Oeste, coordenada pelo médico veterinário Mateus Doacir Girardello, que comentou: “Além do trabalho realizado, é um momento de aproximar a Cidasc do suinocultor, já que são sanadas eventuais dúvidas e repassadas orientações sobre a importância da comunicação imediata de qualquer caso suspeito das doenças listadas no Plano de Vigilância”. Neste tipo de vigilância é realizada a inspeção visual e clínica, e um formulário englobando questões sanitárias, zootécnicas, estruturais, de biosseguridade e de trânsito é aplicado com intuito de obter a caracterização da propriedade.  

A coordenadora de Sanidade Suídea, Vanessa de Medeiros Bonatelli, e a gestora da Divisão de Defesa Sanitária Animal Débora Reis Trindade de Andrade participaram de todas as vigilâncias referentes ao mês de março do Departamento Regional de Blumenau a fim de dar suporte e buscar melhorias nos procedimentos implantados e que serão aplicados em todas as propriedades do Estado. “Revisar e aprimorar as ações cotidianas é fundamental para otimizar tempo e esforços do serviço veterinário oficial (SVO), respeitar o bem estar animal e ter os dados de forma organizada e de rápido acesso. A transformação do formulário manual do Mapa em um modelo on-line para ser respondido via tablet na granja e os dados estarem disponíveis a todo SVO em tempo real, já é um grande diferencial e exemplo de melhoria feita por SC nesse processo”, reforçou a médica veterinária Vanessa.

Segundo o plano, as informações e resultados fornecidos nas vigilâncias e relatórios gerados com os dados obtidos serão utilizados para “ativar o sistema de resposta rápida para uma possível introdução das doenças; adequar as capacidades de resposta diante de alterações de fatores de risco; apoiar as certificações e negociações comerciais que incluem a comprovação da condição de livre das doenças”, gerando assim ganho não só ao Serviço Oficial, mas aos produtores, à economia do Estado e à sociedade como um todo.

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