Às vésperas do aniversário de Florianópolis, um empreendimento da capital recebeu pela segunda vez a Nota Técnica concedendo o Selo Arte para seus produtos. Em 2021, a Duca Charcutaria havia recebido o selo para quatro produtos e nesta semana recebeu para outros quatro: embutido de carne de pato, peito de pato sem osso defumado, coxa e sobrecoxa de pato defumadas e peito de pato curado. 

A entrega da Nota Técnica ocorreu na segunda-feira, na sede da empresa, localizada no bairro São João do Rio Vermelho. Participaram da solenidade o gestor do Departamento Regional da Cidasc de Itajaí, Cleverson Fiamoncini Cordeiro; a responsável técnica da empresa, Monique Alvim Barroso; a coordenadora regional do Serviço de Inspeção Estadual do DR de Itajaí, Daisy Mendieta Cordeiro; e o coordenador estadual do Selo Arte, Nelton Menezes (da esquerda para a direita na foto acima, tendo o empresário Yuli Dugaich ao centro).

Em toda Santa Catarina, há 34 produtos reconhecidos pela Cidasc com o Selo Arte e a Duca é a empresa com maior número de selos. Esta distinção foi criada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para valorizar produtos de origem animal, de caráter artesanal, e lhes dar acesso a um mercado consumidor maior. 

O coordenador estadual do Selo Arte, Nelton Menezes, lembra que Santa Catarina conseguiu ampliar bastante estes registros. “Temos uma característica diferente de outros estados que também concedem o Selo Arte: variedade de produtos, variedade de regiões e quantidade de produtos”, afirma Menezes. 

Diferentemente do registro em serviços de inspeção sanitária, que avalizam a agroindústria como um todo e toda sua produção, o Selo Arte reconhece um produto, permitindo que este seja comercializado em todo o país. Para receber a distinção, é preciso estar inscrito em serviço de inspeção municipal (SIM) ou estadual (SIE) e adotar predominantemente técnicas artesanais de produção, como faz a Duca Charcutaria em suas instalações.

A empresa resgatou a forma tradicional de produzir embutidos, sem conservantes artificiais. A proposta gastronômica do proprietário Yuli Dugaich está baseada desde o início em produzir lotes pequenos, porém de muita qualidade. 

“Parece simples, mas precisa de ciência para evitar o uso de conservantes artificiais e continuar garantindo um produto final seguro para o consumo. Para isso, começamos já com o serviço de inspeção: a inspeção municipal (SIM) foi nosso primeiro passo. Então registramos todos os produtos, fizemos ficha técnica, definimos os processos, as análises que seriam feitas, controle de matéria prima… para chegar num produto final com aquela memória afetiva, mas com segurança”, afirma ele. 

Com o Selo Arte, a charcutaria conseguiu colocar estes oito produtos em pontos de venda no Paraná e São Paulo e até realizar algumas vendas diretas ao consumidor final dentro e fora de Santa Catarina. A intenção da empresa é buscar o selo para o restante de seu portfólio de produtos, como o embutido feito com carne de avestruz. 

O caso da Duca Charcutaria evidencia também o papel do responsável técnico para que agroindústrias pequenas ou grandes tenham sucesso. Para concretizar as inovações propostas pelo cliente, a RT Monique Alvim Barroso precisou realizar muitas pesquisas sobre as normas existentes e embasar pedidos de registro para produtos até então inéditos. 

A responsável técnica agradeceu a receptividade da Cidasc em atender quando foi necessário esclarecer dúvidas sobre como melhor atender às normas. O gestor do Departamento Regional da Cidasc de Itajaí destacou que este diálogo é necessário, pois a defesa agropecuária é feita pelo conjunto de envolvidos na cadeia produtiva, incluindo indústria, responsáveis técnicos e fiscais.

“Sempre prezamos por esta conversa. A Cidasc é órgão fiscalizador, mas o nosso mote é também educar e escutar”, afirmou Cleverson Fiamoncini Cordeiro, enfatizando que isto contribui para que a legislação seja cumprida e o consumidor tenha a garantia de alimento seguro na mesa. 

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