Fotos: Ascom – Cidasc

Os desafios de combater e prevenir ameaças fitossanitárias foram discutidos durante o Fórum Defesa Vegetal: estamos fazendo o suficiente?, nesta quarta-feira, dentro da programação do XXVII Congresso Brasileiro de Fruticultura, em Florianópolis. O debate foi coordenado pela Cidasc e contou com três apresentações sobre o tema. 

A mesa de abertura foi composta pelos palestrantes e pelo presidente da Cidasc, Junior Kunz; pelo diretor de Defesa Agropecuária, Diego Torres Severo; e pelo gerente de Sanidade Vegetal da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, Mário Veríssimo. Junior Kunz destacou o trabalho da companhia na área de defesa vegetal. “A Cidasc é uma empresa de destaque nacional e internacional e aqui temos presente boa parte do nosso corpo técnico, que trabalha com muito afinco, com muita força, para que o agronegócio catarinense se desenvolva e se desenvolva com qualidade”, afirmou o presidente. 

A primeira apresentação no Fórum foi do gestor do Departamento Estadual de Defesa Vegetal (DEDEV), Alexandre Mees. Ele trouxe diversos depoimentos de profissionais da Cidasc e de outras agências que se dedicam à defesa agropecuária no país, englobando suas experiências na prevenção e controle de pragas. 

Um dos pontos abordados por Mees foi a necessidade de envolver diversos atores no trabalho de defesa, desde o fruticultor até a população urbana. “Conseguimos trazer o setor produtivo para que se sinta parte da defesa e compreenda que aquilo que está normatizado existe por um objetivo. As regras não são vinculadas a um direito individual, mas a um direito coletivo, aos ganhos que todos terão com as medidas implementadas”, destacou o gestor. 

A conscientização da população também foi lembrada pelo segundo palestrante, Marcelo Lopes da Silva, da Embrapa, pois algumas ameaças fitossanitárias são identificadas em zonas urbanas. Ele citou o caso da espécie halyomorpha halys: pesquisas mostraram que veículos de passeio foram um dos principais meios de dispersão do percevejo marrom, hoje presente na maior dos estados nos EUA, que provoca perdas em pomares de maçã, pêssego e plantações de tomates. 

Os estudos acadêmicos contribuem para o sucesso da defesa agropecuária ao compreender a forma e a velocidade de dispersão de uma praga, o que permite apontar prioridades de ação. Segundo Marcelo Lopes da Silva, a Austrália e a Nova Zelândia são os melhores exemplos dessa integração entre pesquisa e o trabalho de campo. 

A terceira palestra foi da coordenadora geral de proteção de plantas do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Graciane de Castro, que explicou como o MAPA definiu quais pragas ausentes devem ser prioridade nos esforços de defesa sanitária vegetal. Todo trabalho é orientado para evitar o ingresso das pragas ausentes e detectar precocemente os casos. 


Graciane de Castro citou como exemplo de aplicação desta diretriz o combate à monilíase do cacaueiro, no norte do país. Profissionais da Cidasc acompanharam os trabalhos no Acre, no ano passado, em que o foco da doença, provocada por fungos, foi controlado e há perspectiva de erradicação da praga. Ao final do painel, a coordenadora ressaltou o trabalho dos serviços de defesa agropecuária estaduais e a qualidade do trabalho da Cidasc, em especial contra a Cydia Pomonella, praga considerada erradicada em Santa Catarina.

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