Foto: Arquivo Ascom

Certificar propriedades como livres de brucelose e tuberculose traz ganhos do ponto de vista sanitário e econômico. Além de preservar a própria saúde e dos seus rebanhos, os produtores podem obter melhor remuneração pelo litro do leite e mais facilidade  para comercialização destes animais ou participação em feiras agropecuárias. 

Ambas as doenças são zoonoses: atingem os animais e também humanos. A transmissão ocorre principalmente através do contato com os restos de placenta ou de aborto das fêmeas (no caso da brucelose), do contato direto com as secreções respiratórias do animal doente ou sua carne (no caso da tuberculose) ou pela ingestão do leite e/ou derivados crus (não pasteurizados) de animais contaminados por qualquer uma das doenças. 

A maior parte das propriedades certificadas em Santa Catarina são de produção leiteira. Para elas, um dos benefícios mais imediatos é a melhor remuneração oferecida por alguns laticínios. No entanto, a certificação é válida e também traz vantagens para criação de bovinos de corte, por reduzir perdas na produção e reprodução dos animais. Do ponto de vista coletivo, o maior número de propriedades certificadas contribui para o controle das doenças e, juntamente com outras medidas sanitárias implementadas pela defesa agropecuária, reduz o risco dos produtores adquirirem animais contaminados.

De acordo com a Portaria SAR 44/2020, alterada pela Portaria SAR 23/2022, todas as propriedades leiteiras precisam realizar o controle da brucelose e tuberculose. Todos os bovinos precisam ser testados de forma simultânea para tuberculose a cada 36 meses, conforme calendário para realização dos exames, publicado pela Cidasc. Já para brucelose é colhida uma amostra de leite de tanque para diagnóstico da doença no mínimo uma vez a cada 24 meses. Apenas se essa amostra for reagente o produtor precisará realizar exames individuais do rebanho leiteiro para brucelose. Os rebanhos oriundos de fazendas certificadas têm um status sanitário diferenciado e por isso, para manter o certificado válido, precisam realizar o controle de ingresso de animais e realizar exames anualmente para renovar o certificado da propriedade.

Para obter o certificado, o produtor deve procurar um médico veterinário habilitado, que abrirá o pedido de certificação junto à Cidasc. É preciso ter dois exames consecutivos negativos para brucelose (fêmeas e machos inteiros a partir de 8 meses) e tuberculose (todos os bovídeos do rebanho com idade a partir de 42 dias), em um intervalo de 6 a 12 meses para a propriedade ser certificada. 

A comparação com anos anteriores não deixa dúvidas quanto à eficácia das ações priorizadas pela Cidasc com o apoio dos médicos veterinários habilitados. Santa Catarina acaba de alcançar a marca de mais de duas mil propriedades rurais certificadas livres de brucelose e tuberculose. São 2.324 propriedades certificadas e mais de 1400 propriedades em processo de certificação, ou seja, é uma demanda crescente por parte dos produtores rurais.

O último levantamento feito pela Cidasc constatou que menos de 1% do rebanho catarinense tem brucelose e 0,5% tuberculose. Este índice é tão baixo que Santa Catarina é o estado brasileiro mais próximo de obter a classificação de área de risco desprezível para essas doenças.

Confira a sonora no site da Acaert – Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão: https://www.acaert.com.br/noticia/46753/em-busca-de-abrir-mercados-para-exportacao-de-leite-10-das-mais-23-mil-propriedades-do-estado-com-gado-leiteiro-ja-tem-certificado-de-controle-da-brucelose

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