Na manhã de domingo, 20 de novembro, foi realizada a solenidade de abertura do simulado de emergência sanitária, que ocorrerá no município de Presidente Getúlio até o dia 26 deste mês. O simulado é promovido pela Cidasc, em conjunto com o MAPA e com apoio da Prefeitura Municipal de Presidente Getúlio, do Sindicarne e do ICASA. 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi representado no ato pelo senhor Nilton Antônio de Moraes, que agradeceu aos produtores da região e ao prefeito da cidade pela receptividade, além dos envolvidos na organização do simulado. Profissionais de diversos estados brasileiros e também de países latino-americanos participam do exercício, que simula a ocorrência de um foco de peste suína africana. 

O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Ricardo Miotto, deu as boas vindas aos participantes em nome do governador Carlos Moisés. Destacou que treinamentos como o que está em curso neste momento são essenciais para milhares de famílias que produzem no campo. “O que vamos fazer aqui esta semana é estratégico não só para Santa Catarina, mas para o Brasil”, completou o secretário. Ele destacou ainda o orgulho por ser um funcionário de carreira da Cidasc e por estar “trabalhando lado a lado com os maiores especialistas que temos no Brasil em defesa sanitária animal”. 

O presidente da Cidasc, Junior Kunz, fez referência ao empenho dos colaboradores da companhia para que tudo corresse conforme o planejado durante um evento de tamanha magnitude. “Esta ação, parceria entre Cidasc, Sindicarne e ICASA, mostra a força que a Cidasc tem e, quando falamos da nossa força, é nossa força intelectual e da nossa força de trabalho. Poucos dos profissionais que estão hoje aqui são os que iniciaram o trabalho de defesa agropecuária, mas todos os presentes continuam mantendo vivo o que foi feito no passado”, disse o presidente. 

O exercício vai simular a ocorrência de um foco de peste suína africana, doença que não é registrada no Brasil desde a década de 1980, mas que teve focos registrados na América Central no ano passado. A Cidasc, assim como os demais órgãos oficiais de defesa agropecuária no país, têm adotado diversas ações para prevenir a introdução da doença em território brasileiro. 

Os simulados mantém as equipes preparadas para dar pronta resposta a casos suspeitos e adotar medidas de controle rapidamente quando necessário. O presidente Junior Kunz acredita que este simulado de emergência sanitária será o maior que a Cidasc já realizou. “Sei que todos sairão daqui muito mais informados, tranquilos e afinados para que, se um dia acontecer qualquer situação deste tipo, todos estarão prontos para o desafio”, diz o presidente. 

Na solenidade de abertura, o prefeito Nelson Virtuoso agradeceu a escolha do município de Presidente Getúlio como sede do evento. Ele destacou o apoio oferecido desde o primeiro momento em que foi procurado pelos médicos veterinários da Cidasc: “Nos colocamos à disposição por entendermos a importância da sanidade animal para nosso município, temos uma parceria muito grande com o frigorífico Pamplona e muitos produtores integrados”, contou o prefeito. Vinte e oito por cento de toda renda do município vem da agropecuária. 

A mesa de autoridades foi composta também pelo diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Diego Torres Severo, e pelo chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal da Agricultura em Santa Catarina, Andre Vallim.

O que é feito durante o simulado? 

Durante o exercício, os participantes implementarão as ações previstas para emergências sanitárias, como vistorias em propriedades rurais, inspeção de animais, colheita de material para exames laboratoriais e fiscalização de trânsito. Deste modo, os médicos veterinários estarão preparados para agir caso ocorra algum caso de doença de notificação obrigatória, ainda que o Estado de Santa Catarina tenha um trabalho contínuo para prevenir tais ocorrências.

Doenças como a peste suína africana podem ter um impacto para o agronegócio. Além da perda de animais para o produtor, pode ocorrer um prejuízo coletivo: a suspensão do status sanitário de livre de certas doenças, que impactarão na venda da carne catarinense, principalmente para o exterior. O efeito econômico não se limitaria ao setor rural, pois o agronegócio tem participação importante no PIB (Produto Interno Bruto) e na movimentação da economia catarinense. 

Durante o simulado, de 19 e 26 de novembro, a população e os produtores rurais de Presidente Getúlio poderão observar as seguintes ações na região: 

• Visitas às propriedades rurais;
• Inspeção de animais com colheita de material para exames;
• Interdição simulada de propriedades rurais;
• Fiscalização simulada do trânsito de veículos com barreiras em estradas;
• Desinfecção de veículos;
• Informes e atividades educativas para a população.