Besouro encontrado no apiário em Triunfo (RS)
Foto: Serviço Oficial de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul (RS)

Em decorrência da presença do Besouro das Colmeias (Aethina tumida), no Rio Grande do Sul – oficializada pelo Serviço Oficial de Defesa Agropecuária – e no Espírito Santo, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, através do seu Departamento de Defesa, alerta os apicultores e meliponicultores catarinenses sobre a notificação obrigatória da presença da praga, que pode chegar em Santa Catarina, e trazer graves prejuízos econômicos para a atividade apícola e meliponícola. 

Santa Catarina é destaque na produção de mel
Santa Catarina destaca-se na esfera nacional, quando falamos também na produção de mel. É o primeiro estado em produtividade, com 68 kg de mel por quilômetro quadrado, enquanto a média nacional é de apenas 4,8 kg.

Dedicam-se à produção de mel e derivados 6.824 produtores rurais que cultivam mais de 315 mil colmeias (50 mil dedicadas à polinização de frutíferas e as demais destinadas à produção de mel) e geram um volume, que varia de 6.500 a mais de 8.500 toneladas por ano. A produção do mel e seus derivados é mais uma área na qual se manifesta a excelência sanitária do agronegócio catarinense.

O médico veterinário da Cidasc, Pedro Mansur Sesterhenn, coordenador do Programa de Sanidade Apícola, explica que este besouro causa grandes perdas nas colmeias, principalmente na sua fase larval. “A Aethina tumida possui um ciclo de vida longo e se propaga por meio do voo ou no transporte irregular de colmeias parasitadas. Esta é uma praga de notificação obrigatória. Contamos com o apoio dos apicultores, dos meliponicultores e do cidadão em geral, para informar a presença ou mesmo a suspeita de qualquer agente biológico à Cidasc”, orienta Pedro Mansur Sesterhenn.

Após a notificação, o Serviço Veterinário Oficial – SVO deverá atender a suspeita, colher as amostras e fixá-las em álcool, 70.º e enviá-las para laboratório de análises oficial. O prazo entre a notificação, a colheita e o envio das amostras não deve exceder 24 horas pelo SVO.

Pedro Mansur Sesterhenn esclarece que a celeridade no processo de atendimento tem por objetivo o êxito na identificação, no controle e na erradicação de possíveis focos.

Prevenção
O coordenador do Programa de Sanidade Apícola, Pedro Mansur Sesterhenn, ressalta que as orientações serão realizadas em apiários já cadastrados na Cidasc. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa publicou a nota técnica MAPA n.º 09/ 2019, com orientações sobre as medidas sanitárias a serem adotadas para o controle do Pequeno Besouro das Colmeias.

A recomendação da Cidasc é que o produtor mantenha suas colmeias cadastradas no Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária – Sigen+ da companhia. O cadastro é obrigatório e visa monitorar, evitar e controlar possíveis pragas e doenças, que podem afetar as abelhas, além do atendimento e avaliação dos casos de intoxicação por agrotóxicos e do planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do setor produtivo. Em alguns casos, o registro das colmeias possibilita até mesmo prevenir alguns fenômenos, que causam o desaparecimento de abelhas.

Para cadastrar ou atualizar o registro das colmeias, os produtores rurais devem ir até o escritório da Cidasc de seu município e levar um documento de identificação válido e os dados de sua propriedade, como localização, bairro e município, e a quantidade de colmeias que pretende adquirir.

Movimentação das colmeias
A movimentação dos animais e colmeias entre propriedades rurais deve ser acompanhada da Guia de Trânsito Animal – GTA, que pode ser emitida online ou pessoalmente no escritório municipal da Cidasc. Para a emissão da GTA é necessário que o produtor tenha seu cadastro atualizado.

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