O Programa Estadual de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos detectou em 2022  que 88, 76% das amostras estavam em conformidade. As análises laboratoriais mostraram que 32,72% das amostras não apresentavam nenhum resíduo e 56,04% apresentavam resíduos dentro dos limites permitidos.

O número representa uma pequena flutuação no indicador em relação a 2021, que apontava 90,19% de conformidade nas amostras. Segundo Matheus Fraga, gestor da Divisão de Fiscalização de Insumos Agrícolas da Cidasc, “ o clima ruim do segundo semestre de 2022 deve ter contribuído para essa pequena flutuação, uma vez que o mesmo aumenta a demanda de uso desses produtos”. Contudo, ele ressalta que esses dados são muito bons quando comparados à série histórica, ficando atrás somente de 2021.

O programa de monitoramento é executado desde 2010 pela Cidasc, que também assumiu em 2020 a coordenação, que era do Ministério Público de SC até então. O monitoramento é feito a partir da coleta de amostras aleatórias de produtos de origem vegetal, encaminhados à análise laboratorial. A cada ano, são avaliadas 850 amostras e o produtor é notificado caso alguma inconformidade seja constatada. 

Desde que o programa foi colocado em prática, a proporção de amostras com inconformidades foi sendo reduzida, indicando que houve um aprimoramento na cadeia produtiva. 

Este tipo de controle beneficia o consumidor, que leva para casa alimentos com menos resíduos. O trabalho de fiscalização de insumos agrícolas como um todo, realizado pela Cidasc, também busca preservar o meio ambiente e a saúde do produtor rural. Todo o agrotóxico deve ser adquirido mediante apresentação de um receituário agronômico, no qual um profissional capacitado indica quais produtos, quantidades e formas de aplicação devem ser utilizadas naquela lavoura. Isto evita uso excessivo dos produtos e contaminação dos manipuladores, bem como aumenta a eficiência.

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