O Laboratório Regional de Diagnóstico Animal da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), localizado em Chapecó, foi avaliado pela Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre) do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), entre os dias 09 a 11 de maio de 2023. O objetivo foi auditar o laboratório da companhia, para manutenção da acreditação na norma de qualidade laboratorial ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017, que define os pilares da implementação do sistema de gestão de qualidade no laboratório.
Esta norma é utilizada como base para o processo de acreditação da competência do espaço laboratorial. Durante a avaliação foi verificado o desempenho do laboratório na execução dos ensaios de Brucelose pelas técnicas do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e Teste de Polarização Fluorescente (TPF), que compõem o escopo de acreditação do laboratório.
O laboratório da Cidasc em Chapecó é o único laboratório credenciado em Santa Catarina para o ensaio de Polarização Fluorescente, teste único ou confirmatório para Brucelose Bovina e Bubalina. “Essa acreditação é o reconhecimento formal de que o laboratório da Cidasc opera com sistema de qualidade documentado e tecnicamente competente, segundo critérios estabelecidos por normas internacionais, que chancelam o rigor, a confiabilidade e a precisão do nosso laboratório”, reforça Beatriz Machado Terra Lopes, médica veterinária da Cidasc e responsável pela gestão laboratorial.
Laboratório Regional de Diagnóstico Animal da Cidasc em Chapecó
O laboratório oferece para clientes externos, médicos veterinários habilitados no Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), o ensaio de triagem de Brucelose Bovina Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) desde 17 de março de 2017, e o ensaio de Polarização Fluorescente (FPA) desde 18 de outubro de 2021. A realização periódica de exames de diagnóstico no rebanho também é estratégica para a erradicação da doença.
+Brucelose
A Brucelose é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus e pode ocasionar aborto e queda na produção de leite. Ela ataca animais machos e fêmeas.
Muitos animais contraem a doença quando comem ou lambem restos de placentas no pasto, visto que, quando a vaca sofre o aborto, a Brucella pode permanecer viva por cerca de seis meses no solo e pastagem. A transmissão também pode acontecer durante a monta natural, ou na inseminação com material, ou sêmen contaminado.
O ser humano pode contrair a brucelose, assim como os animais, quando entra em contato direto com os restos de aborto ou placenta. Além disso, o consumo de leite cru e derivados contaminados pela bactéria também podem acometer o homem.
Como perceber
Alguns sintomas podem auxiliar o produtor na identificação da doença entre os animais da propriedade, entre eles: aborto no 7º mês de gestação, principalmente nas primeiras crias; queda de produção de leite; nas fêmeas pode ocorrer retenção de placenta, repetição de cio e até infertilidade; nos machos, observa-se o inchaço dos testículos.
Contudo, animais doentes podem não apresentar os sintomas listados acima. Portanto, é importante realizar exames em todos os animais da propriedade.
Prevenção
Ações conjuntas e alguns cuidados básicos podem, a longo prazo, auxiliar na erradicação da brucelose dos rebanhos catarinenses:
– É importante comprar apenas animais que tenham exame negativo para Brucelose, ou de rebanhos livres da doença e com a Guia de Trânsito Animal (GTA);
– Utilizar touros de monta que tenham exame negativo para Brucelose;
– Realizar a inseminação artificial somente com material de locais que garantam a segurança contra a doença;
– Fazer testes periódicos no rebanho, para conhecer a saúde dos animais;
– Lavar bem as mãos após o manejo dos animais;
– Sempre usar luvas para mexer nos fetos abortados e placentas com infecção;
– Queimar o feto abortado e a placenta, em seguida, desinfetar o local do aborto;
– Sempre ferver o leite antes de beber.
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT)
O objetivo do programa é diminuir ou até mesmo erradicar a incidência de casos de Brucelose e Tuberculose bovina e bubalina e certificar propriedades que ofereçam aos consumidores produtos de baixo risco sanitário. É realizada investigação de possíveis focos, por vigilância ativa, mediante a parceria com Agroindústrias do Setor Leiteiro (Laticínios).
O Certificado de Propriedade Livre de Brucelose e Tuberculose certifica a propriedade que cumpre o que estabelece o Artigo 57, do Regulamento Técnico do PNCEBT. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a proposta do Programa foi elaborada com a participação de especialistas e pesquisadores em epidemiologia, em medicina veterinária preventiva, e em Serviços de Inspeção e Defesa Sanitária Animal.
+ Cgcre
A Cgcre é dentro da estrutura organizacional do Inmetro, a unidade organizacional principal, tem total responsabilidade e autoridade sobre todos os aspectos referentes à acreditação, incluindo as decisões de acreditação.
+ISO
A ISO é a Organização Internacional de Normalização (ou para Padronização) – do inglês: International Organization for Standardization. Ou seja, ela é a Instituição que reúne as normas de padronização de produtos e empresas na tentativa de manter e garantir a qualidade dos serviços e produtos.
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Alessandra Carvalho
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