
O médico veterinário Agnaldo da Silva Serafim, lotado na Unidade Veterinária Local (UVL) de Jaguaruna, palestrou para cerca de 400 alunos das 7ª, 8ª e 9ª séries da rede municipal de ensino, com ênfase em raiva bovina e influenza aviária. A atividade foi uma parceria da Cidasc com as Secretarias Municipais de Agricultura e Educação do município.
As aulas foram ministradas nas Escolas de Educação Básica (EEB) Antônio João Mendes, Dalcy Ávila e Luiza Nicolazi Gomes, das comunidades de Camacho, Beija Flor/Centro e Olho D’água, respectivamente.
Serafim destacou que a raiva é uma zoonose, doença transmissível também para humanos. Ela não tem cura nem tratamento, mas pode ser prevenida vacinando os animais. O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução.
A transmissão ocorre quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura. Por isso, uma das recomendações é não colocar a mão na boca de cavalos ou bovinos que estejam com dificuldade de locomoção.

O profissional da Cidasc também abordou sobre as diferentes espécies de morcegos seus hábitos alimentares, relação dos morcegos com a raiva e os riscos de manipular esses mamíferos encontrados vivos ou mortos. Na natureza há várias espécies de morcegos, como os frugívoros (que se alimentam de frutas), os insetívoros (que se alimentam de insetos), e até os que se alimentam de peixes, sendo que todos têm o seu papel no meio ambiente, servindo muitos deles para controle biológico e, portanto, são benéficos à natureza. As espécies hematófagas (que se alimentam de sangue) podem transmitir doenças aos animais e também aos seres humanos, quando contaminados pelo vírus da raiva.
A palestra também abordou a influenza aviária (IA), também conhecida como Gripe Aviária. A doença é provocada por um vírus, muito contagioso, que pode afetar a saúde de aves domésticas e silvestres. Infecções esporádicas em pessoas que tiverem contato direto com as aves infectadas também podem ocorrer.
Nas aves, essa doença afeta grande quantidade de animais e provoca mortalidade elevada. Os principais sinais clínicos observados são: falta de coordenação motora, torcicolo, dificuldade em respirar e intensa diarreia.
O consumo da carne de aves e ovos é totalmente seguro, conforme respaldado cientificamente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e outros órgãos reconhecidos internacionalmente.
A gripe aviária é uma doença de notificação obrigatória e já foi registrada no nosso país. A doença tem impacto devastador na avicultura, podendo trazer enormes perdas para o produtor e para Santa Catarina.
Os produtores devem reforçar as demais medidas de biosseguridade e proibir visitas de pessoas alheias ao sistema de produção. A medida visa proteger a saúde e segurança dos plantéis, uma vez que a entrada da influenza aviária nos sistemas de produção comerciais poderá acarretar imensos prejuízos a toda cadeia produtiva catarinense e nacional.
Acione os órgãos competentes caso identifique aves de criação com sintomas de influenza aviária ou se perceber mortandade acima do normal entre estas aves (galinhas, codornas, perus, etc.). Entre em contato com a Cidasc pelo 0800 643 9300 ou com a Polícia Militar (PM) através do número 190, que fará o devido encaminhamento.
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