Para fazer o controle da raiva dos herbívoros, uma das medidas adotadas pela Cidasc é o monitoramento da presença de morcegos hematófagos nas zonas rurais. Os médicos veterinários verificam locais que podem servir de abrigo para estes mamíferos e instalam redes para capturar e identificar se há exemplares da espécie Desmodus Rotundus, que é hematófaga (se alimenta de sangue) e pode ser vetora do vírus da raiva.
Em julho, o Departamento Estadual de Sanidade Animal (Dedsa) da Cidasc promoveu um treinamento em Cocal do Sul sobre monitoramento de morcegos. Participaram 15 médicos veterinários e 3 auxiliares técnicos vinculados ao Departamento Regional de Criciúma da companhia.
Durante o evento de capacitação, as atualizações da legislação do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e das ações específicas para controle e monitoramento do Desmodus Rotundus foram repassadas. Da mesma forma, a situação epidemiológica dos municípios que compõem o Departamento Regional de Criciúma foi analisada e discutida, e os devidos encaminhamentos foram estabelecidos.
A captura de morcegos deve ser feita apenas por profissionais capacitados. Se houver na propriedade locais que possam servir de abrigo aos morcegos, como grutas e construções abandonadas, o produtor rural deve chamar a Cidasc.
A raiva é uma doença fatal e sem tratamento, mas que pode ser prevenida. Além do monitoramento de morcegos, outra ação fundamental é a vacinação dos animais de criação e domésticos que sejam suscetíveis à raiva. Proteger os animais é uma questão de saúde pública, pois é a forma de evitar que ocorra transmissão para humanos.
O produtor rural deve comunicar à Cidasc se identificar sinais de espoliação (mordedura) em seus animais, cuja característica é uma ferida abaixo da qual há sangue na pelagem. A Cidasc também deve ser chamada se houver animais com sintomas característicos da raiva:
– respiração ofegante;
– descontrole da coordenação motora;
– paralisia.
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