Foto: Ascom/Cidasc.

A médica veterinária e gestora da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Débora Reis Trindade de Andrade; e a médica veterinária e coordenadora Estadual de Inspeção de Abatedouros Frigoríficos de Ruminantes e do Programa Novilho Precoce na Cidasc, Flávia Klein estiveram nesta quinta-feira, 28 de setembro, no Congresso de Municípios, Associações e Consórcios de Santa Catarina (Comac-SC), durante a reunião do Colegiado de Secretários Municipais de Agricultura e Pesca de Santa Catarina (Cosapesc), na Arena Opus, na cidade de São José. O Secretário de Estado da Agricultura de Santa Catarina, Valdir Colatto, também participou do encontro e apresentou as ações da Secretaria juntamente com representantes das empresas vinculadas: Cidasc, Epagri e Ceasa.

Foto: Ascom/Cidasc.

Débora Reis Trindade de Andrade representou a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, e falou sobre as ações desenvolvidas pela Companhia para os participantes do colegiado. Ressaltou ações das áreas de Defesa Sanitária Animal, Defesa Sanitária Vegetal, Serviço de Inspeção Estadual e atividades de Educação Sanitária desenvolvidos pela Cidasc, como os Programas Sanitarista Júnior e Sanitarista Acadêmico. Na ocasião, foram destacados números representativos, resultantes do trabalho da Cidasc como, 54,64% da carne suína exportada ser proveniente do Estado de Santa Catarina, mais de 3 mil propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose, a evolução dos índices de conformidade dos produtos no monitoramento de resíduos agrotóxicos, onde um balanço parcial está próximo dos 93%, quase 80 produtos registrados com Selo ARTE, dentre outros números de destaque.

A gestora incentivou os secretários a buscarem a Cidasc para implantar os programas Sanitarista Junior e Sanitarista Acadêmico em seus municípios. Em 2022, os programas alcançaram respectivamente, 2.200 e 2.500 alunos, porém com capacidade de atender ainda mais a população nas ações educativas. Débora reforçou a importância da educação e colocou a Cidasc à disposição para implantar o programa em mais escolas do Estado, pretendendo aumentar o número do ano passado, que foi de 84 escolas atendidas em 44 municípios.

Outro assunto que esteve em pauta foi a Influenza Aviária, destacando a importância de notificar a Cidasc no caso de aves com sinais compatíveis de forma imediata, para que as ações de prevenção e, se for o caso, combate à doença sejam iniciadas rapidamente, protegendo a saúde pública e o rebanho catarinense. O representante da região onde ocorreu o único foco de influenza aviária em ave de subsistência (fundo de quintal) no Estado de Santa Catarina elogiou a eficiência e agilidade com que a Cidasc realizou as ações na ocasião da detecção, e parabenizou pela seriedade do trabalho desempenhado. 

Foto: Ascom/Cidasc.

Já a médica veterinária, Flávia Klein e coordenadora Estadual de Inspeção de Abatedouros Frigoríficos de Ruminantes e do Programa Novilho Precoce na Cidasc, apresentou o Programa, que é uma iniciativa pública criada em 1993 para estimular o trabalho de melhoramento do rebanho bovino catarinense, por meio da comercialização de novilhos superprecoces (idade até 20 meses) e novilhos precoces (até 30 meses) no estado de Santa Catarina, que atendam aos parâmetros de tipificação de carcaças: sexo, maturidade, conformação, acabamento e peso, proporcionando um pagamento diferenciado aos produtores e crédito presumido ao abatedouro frigorífico. 

De acordo com a médica veterinária Flávia, “esse valor equivale a 2,8% ou 3,5% a mais, que é um incentivo financeiro, sobre o valor pago pelo quilo da carcaça. Para ter uma ideia, no mês de setembro de 2023, um lote de 59 bovinos de um produtor rural cadastrado no Programa Novilho Precoce da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) foi abatido em um abatedouro frigorífico cadastrado e obteve a classificação de 90%, gerando um incentivo financeiro de R$ 7.437,62 adicional ao valor pago pelo kg da carcaça. Ou seja, este produtor rural recebeu uma renda extra e pode utilizar para melhorias na sua propriedade, por meio de implantação de tecnologias no manejo produtivo, reprodutivo e sanitário dos animais, o que contribui para o desenvolvimento da cadeia produtiva da bovinocultura de corte de Santa Catarina: ganham o produtor, o abatedouro e o consumidor”, afirma Flávia.

A médica veterinária Flávia Klein destacou a evolução do programa ao longo dos anos com indicativo de crescimento futuro. Ressaltou ainda o número de propriedades distribuídas no Estado que se dedicam à criação de bovinos mas que não estão vinculadas ao programa e também as propriedades cadastradas porém que não movimentaram animais ao abate, o que representa aproximadamente 38% e 6% respectivamente do total de animais abatidos no ano de 2022. “Estas propriedades possuem potencial de cadastro no programa podendo contribuir ainda mais para a expansão do mesmo no Estado e aumentar a renda do produtor rural catarinense”, destaca Flávia.

+Congresso de Municípios, Associações e Consórcios (Comac-SC)
É o maior evento municipalista do estado. O congresso, que acontece nos dias 27, 28 e 29 de setembro na Arena Opus, em São José, tem uma expectativa de reunir mais de 4,5 mil pessoas. Promovido pelas entidades do Sistema da Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (Fecam) o Comac-SC é um momento para aprimorar conhecimentos e descobrir os principais serviços e soluções que podem trazer melhorias e inovações para a gestão pública. O congresso é destinado a prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais, vereadores, técnicos, servidores municipais, estaduais e federais, empresários, empreendedores e líderes de instituições privadas e sociais de Santa Catarina. É gratuito e este ano tem como tema “Conectando cidades, construindo o futuro”.

O Sistema Feam é integrado pelos consórcios estaduais que compõem a Federação (Consórcio de Inovação na Gestão Pública – Ciga; Escola de Gestão Pública Municipal – Egem; Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento – Aris, e Consórcio Interfederativo Santa Catarina – Cincatarina).

+Programa Novilho Precoce
O Programa Novilho Precoce é uma iniciativa pública de estímulo ao trabalho de melhoramento do rebanho bovino catarinense, instituído pela Lei Estadual n.º 9183, de 28 de julho de 1993, de autoria do atual presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc), na época deputado estadual José Zeferino Pedrozo, e regulamentado cinco anos depois, pelo Decreto-Lei n.º 2.908, de 26 de maio de 1998. 

Para receber este incentivo, o produtor deve ser cadastrado no Programa e abater seus animais em um abatedouro frigorífico credenciado. Conforme o médico veterinário, Jader Nones e gestor do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp) da Cidasc, no frigorífico existem profissionais capacitados pela Cidasc para avaliar os animais e efetuar a tipificação e classificação das carcaças destes animais. 

A produção do novilho precoce, além de melhorar a rentabilidade da fazenda, traz vantagens para a cadeia produtiva da carne e para a economia do país, porque eleva a qualidade do produto pecuário e facilita a entrada da carne brasileira no mercado internacional. Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, “o Programa remunera melhor o produto do pecuarista e incentiva igualmente os frigoríficos. Trabalho técnico que retorna na forma de ganhos para o produtor, o Estado e o consumidor, com oportunidade de consumir uma carne de alta qualidade em suculência, textura e aparência”, acrescenta Celles Regina de Matos, presidente da Cidasc. 

+Projeto Sanitarista Junior
O Projeto Sanitarista Junior, focado na defesa agropecuária, sanidade ambiental e humana, foi elaborado a partir da construção do Programa Estadual de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária e desenvolvido para ser executado junto às escolas por livre demanda. Desde 2015 leva para a sala de aula conteúdos transversais, relacionados à defesa agropecuária, como sanidade animal, sanidade vegetal e inspeção de produtos de origem animal.

Milhares de estudantes catarinenses já foram beneficiados com esta iniciativa. Ao final do ano letivo eles recebem o certificado de Sanitarista Junior, por completarem a jornada. O material didático é fornecido pela Cidasc e foi desenvolvido por profissionais da companhia, para apresentar as questões sanitárias de forma lúdica e adequada à faixa etária. Trata sobre temas como: saúde animal, sanidade vegetal, qualidade dos produtos agropecuários, uso correto de agrotóxicos, agricultura orgânica, bem-estar animal, preservação do meio ambiente e promoção da saúde humana.

O propósito do projeto é promover mudanças de comportamento, iniciando por tornar a nova geração mais consciente dos benefícios que os cuidados com a sanidade trazem para a produção agropecuária e para a sociedade. As aulas envolvem saídas de campo, apresentação de vídeos educativos e práticas dentro do contexto da defesa agropecuária.

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Agende uma apresentação sobre o projeto na sua instituição. Envie sua solicitação para o e-mail: fabranco@cidasc.sc.gov.br

+Projeto Sanitarista Acadêmico
O Projeto Sanitarista Acadêmico, idealizado pela equipe da Cidasc para aproximar o setor educacional e a defesa agropecuária, foi lançado, no dia 08 de junho de 2021, e apresentado para universidades e escolas técnicas de Santa Catarina. O evento, realizado no formato on-line, aproximou o setor público e privado, com objetivo de formar uma aliança na área de defesa agropecuária, por ações conjuntas com as instituições como: palestras e futuros projetos de pesquisa, além de contribuir com a formação dos futuros profissionais do setor agropecuário, propiciando conhecimentos sobre a defesa agropecuária e o fortalecimento de redes de trabalho colaborativo. 

Com o Sanitarista Acadêmico, a Cidasc busca se aproximar da educação técnica e superior, contribuindo com a importância do trabalho da Cidasc na promoção da saúde pública, do bem-estar animal e na preservação do meio ambiente. 

A intenção do projeto é não se restringir aos cursos mais próximos do campo, como Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia, abrangendo também outras especialidades no campo da saúde, uma vez que cuidar da sanidade animal e vegetal é também promover a saúde humana. Apoiado sob a ótica de One Health (Saúde Única), definida pela FAO/OIE/OMS, o projeto visa demonstrar a importância e o potencial da saúde animal, sanidade vegetal, e segurança dos alimentos para a sociedade.

O Sanitarista Acadêmico prevê, ainda, difundir os valores, a cultura e o papel da agricultura de Santa Catarina, bem como o seu potencial para gerar qualidade de vida, com a preservação, equilíbrio ambiental e produção de alimentos seguros.

A defesa agropecuária, que em Santa Catarina é de responsabilidade da Cidasc, é essencial para que o alimento oferecido à população seja seguro para consumo. Programas de educação sanitária, como o Sanitarista Acadêmico, buscam mostrar a relevância deste serviço para o bem-estar das pessoas e também para o bom desempenho das atividades econômicas ligadas ao meio rural.

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