A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) recebeu duas missões da Coreia do Sul para conhecer e avaliar os processos de produção, abate e controle sanitário de bovinos, aves e suínos. O objetivo foi realizar uma auditoria na produção catarinense de suínos e bovinos e também em aves. A Coreia do Sul permite somente a entrada de carne suína e bovina de Áreas Livres de Febre Aftosa sem Vacinação – condição que Santa Catarina já obteve há 16 anos.
As comitivas do país asiático, com profissionais da área técnica do serviço veterinário, foram recebidas pelos médicos veterinários da Cidasc, coordenadores dos Programas Sanitários. A equipe estrangeira chegou ao estado catarinense na quinta-feira (09/11) e verificou como funciona o sistema de controle sanitário do Estado, desde a identificação individual de bovinos e bubalinos até o manejo, transporte e abate de animais.
Entre os dias 9 e 14 de novembro, a delegação sul coreana visitou propriedades e plantas frigoríficas nos três Estados da região Sul, conforme agenda organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No último dia de trabalho, eles conheceram o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, localizado no Rio Grande do Sul. Os dois estados vizinhos conquistaram recentemente a certificação como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) aos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso, mas ainda falta o reconhecimento da condição pelas autoridades sul-coreanas.
No dia 22 de novembro, teve início a avaliação das condições de sanidade avícola, também com vistas à importação de carne catarinense. A missão coreana foi informada sobre como é feito o registro de estabelecimentos avícolas e como funciona o sistema de rastreabilidade e medidas de controle sanitário para a influenza aviária (IAAP) em Santa Catarina, um dos maiores exportadores de carne de ave do país. Eles elogiaram os planos de vigilância brasileiros e o trabalho desenvolvido pela Cidasc
Após a reunião de trabalho realizada nesta quinta-feira (23/11) na sede do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal (Dedsa), em Florianópolis, os coreanos visitaram na sexta-feira granjas na região de Criciúma. O corpo técnico da Cidasc apresentou na prática como a avicultura catarinense implementa medidas de biosseguridade, que tem permitido manter os aviários comerciais livres do vírus IAAP. A missão prossegue no Brasil até o dia 29 de novembro, com visitas aos Estados do Paraná e São Paulo.
O diretor de Defesa Agropecuária, Diego Rodrigo Torres Severo, destaca que as expectativas para Santa Catarina são positivas e aguardam a possibilidade de abertura de novos mercados para a proteína animal. “Mostramos a excelência do serviço veterinário catarinense e ressaltamos o status de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 2007, e a condição de zona livre de influenza aviária. Ambos são consequência da excelência das medidas sanitárias executadas pelos profissionais da Cidasc, em parceria com os produtores rurais, entidades públicas e privadas no Estado”, destaca.
Vale destacar que exportação de carne suína brasileira é restrita à proteína proveniente de Santa Catarina. Tanto a abertura para carne vermelha quanto a ampliação para a proteína suína são demandas antigas dos frigoríficos exportadores. Quanto à carne de aves, é essencial que o processo de regionalização da avicultura seja reconhecido pela comunidade internacional, pois isso garante as exportações de Santa Catarina, mesmo com focos de IAAP na avicultura comercial em outros estados.
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