A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) recebeu, na segunda-feira, 11 de dezembro, a Missão das Filipinas, composta por representantes especializados em defesa agropecuária, com o propósito de realizar avaliação da rastreabilidade em granjas produtoras de perus e patos no estado. A missão das Filipinas foi organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e está passando por vários Estados brasileiros além de Santa Catarina, com dois roteiros distintos em visitas a propriedades de bovinos, suínos, aves, frigoríficos e vigilância de fronteiras.
Diego Rodrigo Torres Severo, médico veterinário e diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, e o médico veterinário e gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Animal, Rosemberg Tartari, receberam a missão e compartilharam informações técnicas sobre os recursos técnicos, procedimentos sanitários e programas de defesa sanitária animal.
Uma das equipes de auditores, realizou visita em granja de perus no município de Coronel Freitas, no Oeste de Santa Catarina, acompanhados pela gestora da Divisão de Defesa Sanitária Animal, Débora Reis Trindade Andrade, a responsável pela Defesa Sanitária Animal de Chapecó, Cláudia Moita Zechlinsk e os médicos veterinários Rafael Ferrero Groba, Marina Possa e Sérgio Roni Franco Júnior, do Departamento Regional da Cidasc de Chapecó.
A segunda equipe de auditores, visitou uma granja de patos no município de Taió, acompanhados pela Coordenadora Estadual de Sanidade Avícola, Carolina Damo Bolsanello e as médicas veterinárias Patricia Martinhago Vieira e Karina Giacomini do Departamento Regional da Cidasc de Rio do Sul.
Durante a reunião, Severo destacou a missão, visão e valores da Cidasc, enfatizou o compromisso da organização com a promoção da saúde dos animais, das plantas, das pessoas e do meio ambiente. Ele forneceu dados atualizados sobre as populações dos principais rebanhos catarinenses em 2023, destacando o estado como o 1° produtor e exportador de carne suína, o 2° produtor e exportador de carne de aves, o 4° produtor nacional de leite e um contribuinte significativo com US$ 7,5 bilhões em exportações do agronegócio.
Nos últimos quarenta dias a Cidasc recebeu duas missões da Coreia do Sul, uma da Rússia e uma da Filipinas, o que representa um reconhecimento significativo da qualidade e segurança dos produtos agropecuários produzidos em Santa Catarina. Essas missões buscam conferir o grau de risco à saúde animal e o nível de confiança que o estado oferece aos países que pretendem importar nosso produto.
A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, avalia com entusiasmo a procura internacional por produtos do agronegócio de Santa Catarina. “A aprovação por parte de missões da Coreia, Rússia e Filipinas representa a garantia econômica para as expectativas de negócios dos produtores rurais, das agroindústrias, de toda a cadeia de apoio das agroindústrias e por fim, da Fazenda do Estado. Caso o serviço oficial da Cidasc não for aprovado, a exportação é suspensa. Assim, a Cidasc tem o papel de dar o suporte para toda a cadeia produtiva, sendo o primeiro pilar testado, no fluxo que sustenta o mercado internacional no estado”, afirma Celles.
“A Cidasc evolui continuamente, porque os mercados mudam, os requisitos de produtos mudam, a ciência muda, o consumidor muda e as leis também mudam a todo momento. O estudo científico e a gestão dos processos tem que ser dinâmica e acompanhar a evolução; nós fazemos isso e no Brasil, temos sido inovadores em muitas frentes de trabalho, o que explica o reconhecimento nacional e internacional que tem o governo de Santa Catarina, na área de Sanidade Animal”, destaca a presidente Celles.
A Cidasc, como empresa pública de Defesa Sanitária, ao longo de seus 44 anos, já passou por muitas auditorias oficiais e diversas missões internacionais de muitos países, entre eles o México, EUA, Coreia do Sul, Japão, Chile e União Europeia. Essas auditorias envolvem verificações profundas e detalhadas, inúmeros questionamentos sobre as ações fiscais em propriedades rurais, unidades veterinárias locais e postos fixos de fiscalização, todas mantidas conforme os padrões estabelecidos pelo serviço veterinário estadual.
Além disso, a Cidasc assegura a manutenção dos acordos bilaterais entre o Brasil e os países importadores, desempenhando um papel fundamental nas missões que visitam Santa Catarina para ratificar o que foi previamente acordado com o Ministério da Agricultura. O estado catarinense representa 1,12% do território nacional, com mais de 200 mil propriedades rurais. “A presença da Cidasc é ampla, compreendendo 19 Departamentos Regionais e 58 Postos Fixos de Fiscalização, dos quais 14 possuem permissão de ingresso”, explica Diego.
Santa Catarina mantém um elevado status sanitário, sendo Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação desde 1993, estomatite vesicular desde 1998, Peste Suína Clássica (PSC) desde 1990, Peste Suína Africana (PSA) desde 1981, Doença de Newcastle desde 1984 e Doença de Aujeszky desde 2004. Além de nunca ter registrado doenças como: Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB); Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS); e Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), esta última, nunca registrada na avicultura comercial.
República das Filipinas – é um país localizado no sudeste do continente asiático. Seu território de 300 km² é formado por mais de sete mil ilhas, com uma população de mais de 111 milhões habitantes e desenvolve uma economia baseada em atividades turísticas e industriais. Entre janeiro e outubro de 2023, o país importou US$ 230 milhões em carne suína de Santa Catarina.
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