De 19 a 21 de março, a cidade gaúcha de Rio Pardo sediou a 21 º Expoagro Afubra, evento agropecuário promovido pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Embora diversas atividades rurais estejam representadas na exposição, a cadeia da fumicultura é a que deu origem à entidade, sendo ainda importante fonte de renda para os associados. 

A Cidasc foi representada no evento pelo gestor da Divisão de Classificação, Thiago Borghezan. A Expoagro é considerada a maior feira focada na agricultura familiar e a entidade promotora estimula os fumicultores a buscarem a diversificação de culturas em suas propriedades, apresentando inovação e tecnologia para diferentes cultivos. 

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina mantém uma relação institucional importante com a Afubra: tem firmado todos os anos um contrato com a Associação dos Fumicultores do Brasil para acompanhar a comercialização do produto em Santa Catarina.  Neste ano, foram acompanhadas  6867  comercializações de tabaco. 

O trabalho da Cidasc junto aos fumicultores

A fumicultura é muito difundida na região sul do país, sendo alternativa de renda para pequenos produtores rurais. Segundo o levantamento da Afubra, mais de 37 mil famílias  catarinenses se dedicam ao plantio do tabaco, a maioria em pequenas propriedades como a de Pedro de Souza, em Petrolândia. 

“Nós iniciamos no terreno do sogro e da sogra, tinha que usar um pedacinho para plantar. Com o passar do tempo, colocamos a estufa. Hoje temos dez hectares e somos em cinco pessoas vivendo em cima dessa terra. Não adianta plantar grão, porque a gente não paga conta. A nossa renda é do fumo. Tem anos bons e ruins, mas é do fumo que vem o sustento”, conta Pedro de Souza. 

A família Souza encontrou na produção do tabaco uma importante fonte de renda. Foto: Denise De Rocchi (Ascom/Cidasc)

Os ganhos podem variar de uma safra para outra, conforme a qualidade do tabaco curado, as condições climáticas e a demanda de mercado. Na classificação, a Cidasc atua como mediadora entre a indústria e o produtor, quando houver divergência. O parâmetro usado é a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) n.º 10, de 13 de abril de 2007, que regulamenta a identidade, qualidade, embalagem, marcação e apresentação do produto.

Outra ação da Cidasc é o monitoramento do mofo azul, praga que pode afetar o tabaco e inviabilizar sua exportação. A Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Cidasc faz o monitoramento em Santa Catarina para atestar que estamos livres do fungo Peronospora tabacina Adam, causador da praga. 

Foto: Denise De Rocchi (Ascom/Cidasc)

“Anualmente, a Cidasc realiza o levantamento de detecção da praga, conforme estabelecido pela legislação vigente. O levantamento consiste na auditoria do trabalho realizado pelas empresas fumageiras e a inspeção in loco das propriedades para verificação das plantas de tabaco na lavoura ou no galpão, para identificação da presença ou ausência da doença”, explica a engenheira agrônoma e gestora da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, Fabiana Alexandre Branco. 

O mofo azul ataca geralmente com grande virulência as plantas do tabaco desde que emergem do solo até a colheita, particularmente as folhas jovens. O fungo Peronospora tabacina é considerado praga restritiva no território chinês. O Brasil, por ser considerado livre desta praga, pode exportar o fumo para a China, um dos grandes mercados mundiais para este produto. 

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