A celebração do Dia Nacional do Campo Limpo 2024, em 18 de agosto, destaca as conquistas já obtidas na gestão de resíduos de agrotóxicos e a necessidade de prosseguir com este trabalho. No ano que passou, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – InPEV recolheu 53 mil toneladas de embalagens vazias destes insumos em todo o país. 

As embalagens de agrotóxicos não podem ser deixadas no campo nem serem destinadas ao lixo orgânico ou doméstico reciclável. As empresas fabricantes devem fazer a logística reversa, cabendo ao produtor rural devolver as embalagens vazias. 

Mesmo que esta tarefa não esteja entre as atribuições da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) na fiscalização do uso de insumos agrícolas, a companhia participa de diversas iniciativas de conscientização sobre a destinação correta das embalagens. 

Segundo o gestor da Divisão de Fiscalização de Insumos Agrícolas da Cidasc, Geovani Pedro de Souza, “após o uso do defensivo, as embalagens devem ser devolvidas podendo ser nos postos e centrais de coleta autorizados em diversos pontos espalhados pelo estado, além desses postos, o produtor rural também pode devolver na loja em que ele comprou o agrotóxicos e todas as lojas registradas e autorizadas para vender agrotóxicos devem receber as embalagens vazias de qualquer produtor. Mas é muito importante que as embalagens rígidas, os litros e os galões sejam devolvidas lavadas, que já podem ser lavadas na preparação da calda que além de evitar desperdício do produto ainda contribui para reduzir os riscos de contaminação”, destaca Giovani.

Essa é a forma habitual de devolução, aquela devolução do dia a dia, além disso existem as campanhas itinerantes devolução de embalagens de agrotóxicos que conta a participação ativa da Cidasc, do Inpev, das cooperativas, das revendas e com o forte organização e apoio do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) com o programa Penso Logo Destino. Nessas campanhas são realizados um mutirão recebimento de embalagens em pontos estratégicos do município, isso para que os produtores rurais tenham acesso facilitado para devolver essas embalagens em determinada região que tenha uma demanda muito alta para devolução dessas embalagens.

Dia do Campo Limpo, em Campos Novos, reconhece as boas práticas  no sistema de logística reversa das embalagens vazias dos defensivos

Na sexta-feira (16/8), agricultores, responsáveis técnicos, cooperativas, fabricantes, distribuidores e agentes do Poder Público celebraram os resultados do Sistema Campo Limpo, na programação do Dia Nacional do Campo Limpo. O evento foi promovido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), em parceria com as organizações do setor e aconteceu em Campos Novos, no Centro de Treinamentos CetreCampos da Epagri. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) é parceira e participa junto com as empresas vinculadas Epagri, Cidasc e Ceasa.

O Sistema Campo Limpo é referência mundial para a logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas, é gerido pelo InpEV. A programação foi marcada pelas homenagens aos parceiros estratégicos do Sistema Campo Limpo em Santa Catarina, além dos resultados obtidos com ações de sustentabilidade para o destino correto de embalagens vazias. Em Santa Catarina, a ação que converge com esse propósito é o Programa Penso Logo Destino, que tem como objetivo a logística reversa dos resíduos, ele é coordenado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) em cooperação com entidades públicas e privadas. 

As principais ações da Cidasc, incluem:

Fiscalização e Controle: A Cidasc é responsável por fiscalizar o cumprimento das normas relacionadas ao descarte e à logística reversa das embalagens vazias de agrotóxicos. Isso inclui garantir que os produtores, comerciantes e demais envolvidos na cadeia de produção e distribuição cumpram as obrigações legais quanto à devolução e ao tratamento adequado dessas embalagens.

Orientação e Educação: A Cidasc deve promover a conscientização dos agricultores e demais atores do setor agropecuário sobre a importância da destinação correta das embalagens vazias. Isso inclui a realização de campanhas educativas, a distribuição de materiais informativos e a realização de treinamentos sobre a tríplice lavagem das embalagens e o retorno das mesmas aos pontos de coleta autorizados.

Apoio à Logística Reversa: A Cidasc atua em parceria com os fabricantes de agrotóxicos, distribuidores e órgãos ambientais para garantir que a logística reversa das embalagens seja eficiente e alcance os objetivos de sustentabilidade previstos na legislação. Isso envolve a supervisão de campanhas de recolhimento e o monitoramento do destino final adequado das embalagens.

Cooperação Interinstitucional: O decreto estadual de agrotóxicos prevê a atuação integrada da Cidasc com outros órgãos estaduais e federais, como Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), para fortalecer a fiscalização e a implementação de políticas públicas voltadas à gestão ambientalmente responsável dos resíduos de agrotóxicos.

Como fazer a destinação correta de embalagens de agrotóxicos

  1. Tríplice lavagem: Após o uso, lave as embalagens rígidas com água, que deve ser despejada no tanque de aplicação. O processo deve ser repetido três vezes, agitando a embalagem.
  2. Armazenamento: Após a lavagem, as embalagens devem ser armazenadas em local seco e protegido, longe de fontes de umidade e luz direta, até o momento da entrega. Mantenha a embalagem com sua tampa. 
  3. Entrega no ponto de coleta: Leve as embalagens a pontos de coleta autorizados, conhecidos como Postos de Coleta do Campo Limpo, espalhados por todo o território nacional. 
  4. Mantenha sempre o produto na sua embalagem original: não transfira o agrotóxico para outro recipiente e preserve o rótulo. Isto permite identificar a origem do produto e quem é o seu fabricante. 
  5. Use produtos legalizados: Use somente produtos legalizados na sua lavoura.

Crédito foto: Divulgação/SAR

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