Médico-veterinário da Cidasc relacionou a prevenção da influenza aviária com conteúdos do ENEM para mostrar importância da defesa agropecuária

Fotos: Denise De Rocchi (Ascom/Cidasc)

Brasil, China e Estados Unidos são os países líderes em produção agropecuária e a sanidade animal é essencial para que sejam grandes produtores e exportadores de alimentos. Doenças como a influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) podem provocar perdas na produção e suspender as exportações da carne e outros produtos de origem animal. 

A prevenção desta doença foi tema da palestra do médico-veterinário da Cidasc Marcelo Serpa na escola Dinâmica Ambiental, em Florianópolis, nesta semana. Ao longo da conversa, ele destacou aos alunos a relação do assunto com as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como geografia e biologia, mostrando que a defesa agropecuária faz parte do dia a dia de todos. 

A atividade marcou as comemorações do Dia do Médico-Veterinário, celebrado em 9 de setembro, e foi uma oportunidade de apresentar aos jovens um outro lado da Medicina Veterinária. A defesa agropecuária busca prevenir e controlar doenças dos animais de produção, um trabalho que tem reflexos na saúde animal e na saúde humana,além de impactos econômicos. Em Santa Catarina, esta é uma atribuição da Cidasc como órgão oficial de defesa agropecuária. 

A IAAP foi escolhida como tema da palestra em especial é por que a escola implementou um aviário de pequena escala, que é utilizado para fins pedagógicos e para fornecimento de ovos para as refeições. A Cidasc ofereceu a orientação necessária para que o local esteja em conformidade com as normas e seja um espaço de aprendizado sobre boas práticas, como desejava a direção. 

“Nossa escola já possuía um núcleo ambiental, com vários animais para que as crianças pudessem observá-los e estudá-los, mas ele era só custo. Para tornar isso mais sustentável, a escola partiu para a produção do ovo, onde tudo inicia”, conta a diretora Angela Duarte Diener. 

Ela buscou uma responsável técnica para o projeto, para que a proposta cumprisse as exigências sanitárias para a produção dos ovos. O aviário é telado, seguindo as recomendações de biosseguridade e opera com um número menor de aves por m², para maior conforto dos animais, com “galinhas mais felizes”, nas palavras da diretora. 

Na palestra, o médico-veterinário da Cidasc explicou aos estudantes  e professores as medidas preventivas que têm sido adotadas para evitar a introdução da IAAP nos aviários comerciais, o que traria grandes perdas para a avicultura catarinense e um forte impacto econômico. Destacou ainda que a população não deve tocar em animais silvestres, que podem disseminar doenças. O vírus da influenza aviária é um dos que circula entre aves migratórias: por isso, há a recomendação de evitar o contato de aves (de produção ou ornamentais) com aves de vida livre.  

Os alunos também ouviram a palestra da médica veterinária do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Florianópolis Eva Terezinha dos Santos Ota. Ela abordou o trabalho de inspeção sanitária dos produtos de origem animal, mais uma atividade desenvolvida por médicos-veterinários. A inspeção é importante para garantir que os alimentos não tenham contaminações que possam prejudicar a saúde do consumidor, com uso de matéria prima de origem conhecida e com boas práticas de fabricação no estabelecimento. 

Ao cuidar da sanidade animal, combatendo e prevenindo doenças, e atuando na inspeção sanitária, garantindo a segurança dos alimentos, o médico-veterinário é um agente de saúde. A Cidasc trabalha sob esta perspectiva da saúde única: saúde humana, saúde animal e cuidado com o meio ambiente são indissociáveis.

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