As médicas-veterinárias do Departamento Regional da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de Concórdia, Fernanda Zordan Fontana e Vanessa Lucca Alano Hobi, participaram da XIII Semana Acadêmica do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Concórdia, no dia 1º de outubro de 2024. As profissionais proferiram a palestra “Atividades do Serviço Veterinário Oficial na Sanidade Suídea” para 89 alunos e professores, evento organizado pelo Centro Acadêmico de Medicina Veterinária e pelos docentes da instituição.
Vanessa Lucca Alano Hobi abordou a Defesa Sanitária Animal do Estado de Santa Catarina com foco na suinocultura e apresentou o Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos (PIVDS). Fernanda Zordan Fontana apresentou sobre doenças de importância para os suínos, com ênfase nas de notificação obrigatória, e trouxe uma visão geral sobre a Defesa Sanitária Animal.
A palestra ressaltou a missão da Cidasc de executar ações de Sanidade Animal e Vegetal, preservando a saúde pública e promovendo o agronegócio e o desenvolvimento sustentável do Estado. Também foi destacada a estrutura da Defesa Sanitária Animal de Santa Catarina, que inclui apoio dos departamentos regionais, da sede em Florianópolis e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), além da relevância da suinocultura para o Brasil e o mundo.
Santa Catarina, maior produtor de carne suína do Brasil e líder em exportações, concentra 78% da produção nacional de suínos comerciais, com destaque para Concórdia, município com o maior número de propriedades e população de suínos do Estado. As conquistas do Estado, como os certificados de Livre de Aftosa Sem Vacinação (2007) e Livre de Peste Suína Clássica (2015), emitidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), também foram mencionadas, ressaltando a importância desses reconhecimentos para a abertura de mercados internacionais.
Durante a palestra, as médicas-veterinárias apresentaram as atividades da Cidasc na área de Sanidade Suídea, detalharam o PIVDS, que visa manter e melhorar a vigilância das doenças suínas no Brasil, e explicaram o trabalho de vigilância clínica e sorológica realizado em estabelecimentos de criação e abatedouros, além da atuação de agentes no manejo populacional de javalis. As doenças de notificação obrigatória, como a Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA) e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), foram amplamente discutidas, bem como as medidas de prevenção e controle.
A proibição da criação de javalis e o fornecimento de restos de alimentos de origem animal para suínos também foi enfatizada, com base nas normativas estaduais e federais. Ao final da palestra, as dúvidas dos participantes foram esclarecidas, reforçando a importância da biosseguridade e da notificação rápida de casos suspeitos na suinocultura.
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