Drones são usados para identificar quais árvores devem receber produto para controle biológico da vespa-da-madeira 

Foto: Departamento Regional de Lages/Cidasc

O pinus é uma espécie exótica muito utilizada para a produção de madeira, sobretudo na região do Planalto Catarinense. O estado alcançou a posição de segundo maior produtor de pinus do país, com 700 mil hectares de florestas plantadas, resultado possível pela existência do Programa Estadual de Monitoramento da Vespa-da-Madeira, executado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e outras instituições.

A vespa-da-madeira é um inseto de origem europeia, que perfura os troncos de pinus para depositar seus ovos. Na fase larval, a vespa perfura galerias no interior do tronco, o que compromete o desenvolvimento da planta. Felizmente, a praga não ataca a araucária, pinheiro nativo da fauna sul-brasileira muito presente na serra catarinense, mas pode prejudicar a qualidade da madeira de pinus, principal espécie usada pela indústria moveleira e de celulose.

Por esta razão, o trabalho da Cidasc é essencial para que a cadeia produtiva atinja todo seu potencial. A empresa pública, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, tornou mais eficiente o monitoramento da vespa da madeira com o uso de tecnologia: foram adquiridos drones, com recursos de emenda parlamentar, para observar do alto as florestas plantadas. 

Com os drones, é possível visualizar e geolocalizar quais exemplares de pinus apresentam sinais de que foram atacados pela vespa-da-madeira. Imagem: Departamento Regional de Lages/Cidasc

“Ao voar com drones, registramos imagens nas quais conseguimos identificar com mais precisão plantas que foram atacadas pela vespa-da-madeira. O trabalho de monitoramento fica mais fácil e preciso, sobretudo porque as áreas de florestas são geralmente contínuas e extensas, o que torna a observação a partir do solo mais trabalhosa”, compara o engenheiro-agrônomo da Cidasc Paulo Tarcisio Domatos Borba, coordenador do Programa de Sanidade Florestal. 

Uma vez feito o diagnóstico, é feita a aplicação do produto biológico à base de nematóides, produzido pela Embrapa com o nome comercial de Nematec, para fazer o controle da praga. “Este produto é aplicado em plantas já atacadas pela vespa-da-madeira e faz o controle biológico: o nematoide vai esterilizar as larvas de vespa, fazendo com que na fase adulta as fêmeas sejam estéreis e não consigam se reproduzir. Além de não se reproduzir, elas disseminam o nematóide para outras vespas da madeira”, explica Paulo Tarcísio Domatos Borba.

A Cidasc mantém um convênio de cooperação com a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e distribui gratuitamente o Nematec aos produtores e orienta quanto ao bom manejo das florestas, pois árvores bem cuidadas são menos suscetíveis à praga. O período do outono é o mais adequado para fazer o controle da vespa-da-madeira e impedir sua proliferação em florestas de pinus. Com as ações do Programa Estadual de Monitoramento da Vespa-da-Madeira, a praga está sob controle em Santa Catarina. 

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